Crítica | Detetive Conan: O Pentagrama de Um Milhão de Dólares

Crítica | Detetive Conan: O Pentagrama de Um Milhão de Dólares
Foto: Sato Company

Detetive Conan: O Pentagrama de Um Milhão de Dólares chegou com tudo aos cinemas brasileiros, marcando o 27º filme da famosa franquia e se consolidando como o maior sucesso de bilheteria da série no Japão, com mais de ¥15,8 bilhões arrecadados. Dirigido por Chika Nagaoka, o longa combina o que há de melhor em Conan: mistério, ação, humor e um toque de nostalgia para os fãs de longa data.

Uma história de mistério, espadas e rivalidades

A trama se passa em Hakodate, cidade portuária com forte presença histórica, e gira em torno do roubo de uma espada lendária que envolve antigas rivalidades e segredos do passado. Como não poderia faltar, Kaito Kid, o ladrão fantasma, ressurge com um novo desafio, e Conan Edogawa acaba no centro de uma teia de segredos que mistura honra, tradições e uma boa dose de dedução.

O filme também dá destaque à parceria entre Conan e Heiji Hattori, o detetive de Osaka, criando uma das duplas mais carismáticas da franquia. As interações entre eles e Kazuha trazem leveza e momentos divertidos em meio à tensão.

Visual impecável e clima cinematográfico

Um dos grandes trunfos de O Pentagrama de Um Milhão de Dólares está na ambientação impecável. Os cenários de Hakodate e o icônico forte Goryōkaku são explorados de forma belíssima, com uma direção de arte que valoriza o contraste entre o moderno e o histórico. Cada cena é detalhada e vibrante, com enquadramentos que lembram produções de ação em grande escala.

A trilha sonora reforça o tom de mistério e dá força aos momentos mais emocionantes, especialmente nas cenas de confronto e revelação.

Quando o espetáculo fala mais alto que o mistério

Apesar do charme e da grandiosidade, o filme não é isento de críticas. O roteiro, embora eficiente, não surpreende tanto quanto poderia. Algumas reviravoltas são previsíveis e o foco em cenas de ação, especialmente no clímax, acaba ofuscando o lado dedutivo que sempre foi o ponto forte da franquia.

Também há quem sinta que o longa segue uma fórmula já conhecida — o anúncio de um roubo por Kaito Kid, a corrida contra o tempo e o desfecho grandioso — sem arriscar muito em inovação. Ainda assim, o equilíbrio entre emoção, nostalgia e ritmo mantém o público preso até o fim.

Vale a pena assistir?

Definitivamente, sim. Detetive Conan: O Pentagrama de Um Milhão de Dólares é um prato cheio para os fãs e uma boa porta de entrada para quem quer conhecer o universo do jovem detetive. O filme entrega um espetáculo visual de primeira, personagens cativantes e um enredo que, mesmo sem reinventar a roda, mantém viva a essência da franquia.

Para quem cresceu acompanhando Conan, é um retorno emocionante. Para os novos espectadores, é uma aventura cheia de charme e mistério — o suficiente para querer descobrir mais desse universo que continua fascinando gerações.

Com distribuição da Sato Company, a produção estreia dia 16 de outubro nos cinemas brasileiros, prometendo uma experiência divertida e cheia de estilo.

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