Code 8: Renegados é drama sobre desigualdade e superpoderes

Astro da série Arrow, Stephen Amell parece ter aposentado o traje do Arqueiro Verde, mas ainda se mostra ligado ao universo de heróis e vilões. Com um novo passo em sua carreira, o ator volta às telas em Code 8: Renegados (Code 8, Canadá, 2019), um drama sobre crime e ação que apresenta uma sociedade que reprime e criminaliza indivíduos com habilidades especiais. Dirigido por Jeff Chan (O Mistério de Grace), o filme está disponível no catálogo da Netflix.

O projeto é um desdobramento do curta Code 8, lançado em 2016, em que já participavam os primos Stephen e Robbie Amell (The Flash). Agora no longa, vemos um mundo que prosperou com a ascensão de pessoas com superpoderes – que ajudaram no desenvolvimento de diversos setores de economia –, mas, após uma segunda revolução industrial, os chamados “Powers” foram substituídos por máquinas, banidos e marginalizados pela sociedade.

Robbie Amell e Stephen Amell em cena de Code 8
Os primos Robbie e Stephen Amell voltam a contracenar depois das séries da DC. (Foto: Netflix)

Como muitos de sua espécie, Connor Reed (Robbie) trabalha informalmente no ramo da construção, enquanto procura juntar dinheiro para pagar o tratamento de sua mãe, Mary (Kari Matchett, de Covert Affairs: Assuntos Confidenciais) – que sofre de câncer. No entanto, como estes serviços não pagam bem, o protagonista aceita trabalhar com o criminoso Garrett (Stephen), envolvido no trágico da droga Psyke (produzida com os fluídos espinhais dos Powers).

No roteiro desenvolvido por Chan junto de Chris Pare (The L.A. Complex), Connor acaba adentrando cada vez mais no submundo do crime, à medida em que é incentivado pelo telecinético Garrett a desenvolver seus poderes elétricos – que vão muito além do que ele fora ensinado a acreditar. Contudo, há uma escalada nos golpes executados por Garrett e Connor, o que faz o jovem duvidar da moralidade de suas ações e avançar seus próprios limites.

Pessoas que manifestam seus poderes em público são caçadas por uma unidade letal da polícia. (Foto: Netflix)

Em 1h38, o título poderia explorar muito mais as nuances desse novo mundo, onde 4% da população possui habilidades incomuns e os confrontos contra forças policiais corruptas e autoritárias são inevitáveis. Por outro lado, a mescla de X-Men e The 4400 aproveita sua curta duração para entregar uma aventura elétrica, carregada de ação e críticas sociais bastante pertinentes, que ilustram a situação de minorias fora da ficção científica.

Abaixo, assista ao curta que deu origem ao filme:

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