A parte 2 da 6ª temporada de Cobra Kai chegou à Netflix em novembro. Nela, pudemos acompanhar o desenrolar do torneio mundial de karatê, o Sekai Taikai. Para se concentrar na competição, a série muda de cenário, deixando o San Fernando Valley, em Los Angeles (EUA), e vai até Barcelona (Espanha). O território neutro traz aos lutadores do Miyagi-Do diversas novas ameaças, bem como algumas antigas e bem conhecidas.
Retorno de John Kreese e do Cobra Kai
Como visto na parte 1, John Kreese (Martin Kove), o criminoso fundador do Cobra Kai, se alia a Kim Da-Eun (Alicia Hannah-Kim), assumindo o comando de seu dojo na Coreia do Sul. Lá, o Cobra Kai ressurge motivado por vingança contra o Miyagi-Do, além de muita rivalidade entre seus lutadores – com destaque para o arrogante, mas talentoso Kwon Jae-Sung (Brandon H. Lee).
Porém, no Sekai Taikai, cada time deve disputar nas categorias masculina e feminina. Por isso, Kreese aposta suas fichas no recrutamento de Tory Nichols (Peyton List), campeã regional em condições duvidosas, que agora lida com o luta pela perda de sua mãe. Enquanto Kwon representa um desafio à altura dos meninos, Tory carrega a escolha difícil de lutar pelo time do vilão, sem querer pedir ajuda a ninguém. Além da dor, a moça passa por vulnerabilidades financeiras que determinam seu caminho.
Assim, os maiores de Tory dramas são rever o namorado, Robby Keene (Tanner Buchanan), e Samantha LaRusso (Mary Mouser), sua principal concorrente, na equipe adversária.
Miyagi-Do: do equilíbrio ao completo caos
Antes considerado símbolo de equilíbrio, o dojo criado pelo Senhor Miyagi (Pat Morita) agora é a casa de uma nova geração, assim como de ex-membros do Cobra Kai e do Presas de Águia. Além disso, sua equipe conta com diversas pontas soltas que esta metade da temporada procura resolver. A principal delas, sem dúvida, é a trapaça de Devon Lee (Oona O’Brien) para entrar na vaga de Kenny Payne (Dallas Dupree Young).
Para completar, o próprio dojo é colocado em xeque. Isto é, a reputação de Miyagi, até então ligada à honra, é deixada em dúvida graças a uma série de pistas seguidas por Daniel LaRusso (Ralph Macchio). Ele é levado a acreditar que seu antigo sensei teve uma passado como criminoso, com um histórico sangrento até mesmo no Sekai Taikai. Esta subtrama coloca Daniel-san numa das situações mais extremas já vistas, ou seja, enjaulado em um canil.
No mais, figuras como Chozen (Yuji Okumoto) e Eli ‘Falcão’ Moskowitz (Jacob Bertrand) acabam em papeis de alívio cômico. Decepção para quem esperava por narrativas mais sérias.
Família, família
Se a experiência, em geral, deixa a desejar, algumas partes se salvam. Conhecido pelo jeitão intempestivo, Johnny Lawrence (William Zabka) se torna a voz da razão como sensei do Miyagi-Do. Afinal, enquanto o time vai se esfacelando, Daniel LaRusso persegue fantasmas do passado. Isso representa não só a evolução de Lawrence, mas também seu maior entendimento sobre a filosofia de Miyagi. Entretanto, não pense que o brutucu não esteja enfrentando dramas.
Seu conflito está em se orgulhar de Robby como capitão do time, ao mesmo tempo em que deve se preocupar pelo quanto isso pode custar para o futuro de Miguel Diaz (Xolo Maridueña). O filho que Lawrence adotou sonho em ir para a faculdade, mas acredita que se apresentar como líder da equipe num campeonato mundial pode ser seu maior portfólio.
Como se não bastasse, Lawrence oferece todo o suporte à sua mulher, Carmen Diaz (Vanessa Rubio), que está grávida. Algo que um pai e marido responsável deve fazer, o que é inédito para o protagonista.
A terceira parte da 6ª temporada de Cobra Kai estreia nesta quinta-feira (13) na Netflix.