Cobra Kai: 2ª temporada se aprofunda em consequências

Carlos Bazela

Se Cobra Kai trouxe alegria aos saudosistas, reativando a rivalidade do primeiro Karatê Kid, com direito a torneio nos episódios finais na 1ª temporada, em seu segundo ano, a série fica mais profunda ao mostrar o que vem depois.

Com o dojô Cobra Kai fazendo cada vez mais sucesso, Johnny Lawrence (William Zabka, de A Ressaca) ainda assim não consegue se sentir vitorioso. Afinal, seu filho Robby Keene (Tanner Buchanan, de Designated Survivor) segue cada vez mais próximo de seu arquirrival, Daniel LaRusso (Ralph Macchio, de Ugly Betty). Aliás, se treinar o filho de Lawrence parecia ser o último degrau na rivalidade dos dois, LaRusso prova que sempre pode ir além ao reformar a antiga casa do Sr. Miyagi e transformá-la em um dojô com aulas gratuitas, o Miyagi-Do.

Lawrence e LaRusso seguem ligados por uma antiga rivalidade. (Foto: Guy D’Alema)

E, para completar, John Kreese (Martin Kove, de Rambo II – A Missão), o assustador mestre de Lawrence, está de volta para assombrar seu ex-aluno e mostrar que a paz entre seu pupilo e o eterno Daniel San parece mais distante do que nunca. Com dois dojôs fazendo de tudo para recrutar alunos, All Valley se transforma praticamente em um campo de batalha adolescente, com amigos divididos e uma tensão crescente durante as férias de verão.

Mudança de posturas

Enquanto Lawrence e LaRusso seguem em rota de colisão, outros protagonistas estão revendo seus conceitos. Robby, por exemplo, parece ter deixado os dias de delinquência para trás definitivamente. No entanto, até onde ele consegue ser o bom moço quando seus sentimentos por Samantha (Mary Mouser, de NCIS) afloram junto com sua insegurança?

Já Miguel Diaz (Xolo Maridueña, de Parenthood: Uma História de Família) precisa recuperar seu coração e deixar alguns  dos ensinamentos do Cobra Kai se quiser reconquistar Samantha. Contudo, se envolver com a instável Tory (Peyton List, de Acampados), a aluna nova do Cobra Kai, pode colocar tudo a perder e custar muito caro para ele.

Migual coloca tudo a perder ao se envolver com a explosiva Tory. (Foto: Guy D’Alema)

Por falar em custar caro, o próprio Daniel LaRusso começa a descobrir seus limites nessa temporada. Se antes ele era o prodígio capaz de fazer o impossível, seu negócio e casamento começam a entrar em cheque. Afinal, as aulas no Miyagi-Do, ainda que lhe garantam mais tempo ao lado da filha, estão fazendo com que ele negligencie as lojas e deixe toda a gerência para sua esposa Amanda (Courtney Henggeler, de Mom).

Igual aos anos 1980, só que melhor

Desde o primeiro episódio, Cobra Kai se mostra como uma carta de amor à década de 1980. É como se uma história de um filme da Sessão da Tarde fosse transportada diretamente para o presente. Mas, com seus personagens obrigados a encarar as consequências de seus atos.

Afinal, há 30 anos, o conflito inevitável entre os times rivais seria a receita de um grand finale perfeito. E, por mais que a pancadaria rolasse solta entre os adolescentes, tudo seria tratado com a maior naturalidade possível, inclusive com os mocinhos da história sendo absolvidos de qualquer culpa.

Mas, se tem algo que Cobra Kai já deixou claro é que a linha que divide mocinhos e bandidos é tênue, fazendo com que os personagens oscilem entre um lado e outro ao longo dos episódios, como acontece na vida real.

Por falar em realismo, a série mostra que, por mais divertida que possa parecer, a mistura explosiva de artes marciais com irresponsabilidade adolescente pode ser perigosa e deixar marcas que vão além do colegial. A terceira temporada já foi confirmada pela Netflix e está em produção.

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