Cidade Perdida: boa mescla de comédia, romance e aventura

Imagine a seguinte situação: uma escritora de romances quentes é jogada em uma aventura digna de um de seus livros, mas com o agravante de ter a companhia do modelo que a inspirou na criação do amante perfeito. Apostando na diferença entre expectativa e realidade, Cidade Perdida (The Lost City, EUA, 2022) chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (21) como uma ótima opção para quem procura por aquele tipo de filme que faz rir do começo ao fim.

Com a direção de Aaron e Adam Nee (Band of Robbers), o longa lançado pela Paramount Pictures apresenta a autora Loretta Sage (Sandra Bullock, de Bird Box), que se tornou reclusa depois da morte de seu marido. Loretta consolidou carreira escrevendo sobre romances em lugares exóticos, numa parceria com o modelo Alan (Channing Tatum, de Anjos da Lei), que tem dedicado sua vida a personificar o herói literário e sex symbol conhecido como “Dash”.

Acontece que as mitologias sobre as quais a protagonista escreve, como pano de fundo para seus contos, chamam a atenção do excêntrico bilionário Abigail Fairfax (Daniel Radcliffe, de “Harry Potter”), que deseja colocar suas mãos na “Coroa de Fogo”. Quando o vilão faz a moça de refém, resta ao modelo Alan incorporar Dash e dar conta de salvar Loretta – além de, quem sabe, mostrar que é digno do amor assim como o famoso personagem da série de livros.

Humor que conquista

O filme todo se baseia numa sequência de clichês que, mesmo sem surpreender, entrega tudo que uma boa comédia precisa para funcionar – ou seja, personagens carismáticos, química entre os protagonistas e, claro, bom repertório de piadas (que vão desde trocadilhos nos diálogos, alergias e situações de desconforto na selva). Dessa maneira, apesar do hype considerado baixo com que chega às telonas, a produção agrada muito e faz valer a sessão.

Com a mensagem óbvia, porém válida de que “não se deve julgar um livro pela capa” (metáfora que se estende para pessoas), Cidade Perdida prova que, além de causar risos, tem algo a dizer, especialmente em tempos que a internet e as redes sociais geram impressões cada vez mais superficiais.

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