CCXP22: Panini planeja 16 Omnibus para 2023; saiba mais

CCXP22: Panini planeja 16 Omnibus para 2023; saiba mais

Responsável pela distribuição de gibis e mangás no Brasil, a Panini marcou presença na CCXP22. A editora, que tem Marvel e DC no catálogo, trouxe novidades em seu estande, como o álbum de figurinhas dos 60 anos do Homem-Aranha. A convenção também serviu para a empresa estreitar seus laços com público.

Esta foi a primeira edição do evento após dois anos distante dos fãs, por conta da pandemia de Covid-19. Em seu espaço, a Panini ofereceu aos visitantes descontos de 20% nas HQs e mangás. Outra ação interessante foi uma parceria com a Escape 60, que levou escape rooms temáticos. Quem adquiriu quadrinhos no estande também pôde conseguir autógrafos no Artist’s Valley.

Entrevista exclusiva

Durante a CCXP2022, tivemos a oportunidade de conversar com Leonardo Raveggi, gerente de publicações da Panini na América Latina, que contou sobre os produtos da Panini, além do que esperar para 2023! Raveggi falou sobre o desafio de trazer publicações recentes e da ampliação do acervo de mangás.

Confira esse bate-papo na íntegra logo abaixo:

BN: Como se deu o processo de criação das linhas “Marvel Vintage” e “Essenciais”?

LR: Ah, os processos foram diferentes, porque a linha “Marvel Vintage” é mais personalizada, não tem um padrão fixo. Nós podemos optar por colocar uma história em um país e, dependendo, não colocar em outro, então nós vamos escolher o título que acharmos mais interessante para o Brasil.

No lado da “Essenciais”, é uma coleção que foi lançada na Europa e foi criada com a intenção de ser padronizada para funcionar em todos os países do mundo. Ela também é mais direcionada para um novo público, que não conhece tanto as histórias e precisa de mais informações para se contextualizar e entrar nesse maravilhoso mundo da Marvel.

BN: Quais são os desafios para recuperar esses materiais, já que a maioria deles é bem antiga?

LR: Isso depende, porque cada título tem sua história. Quando já existe uma edição nos Estados Unidos é muito mais fácil recuperar, você tem menos problemas para recuperar os arquivos, fica complicado a partir do momento em que os arquivos não estão digitalizados.

Como nós temos a presença da Panini em outros países da Europa, como França e Espanha fica mais “fácil” encontrar esses arquivos porque nós vamos juntando as coisas. Mas quando não temos o arquivo em lugar nenhum mesmo, é preciso ir atrás dos filmes originais, digitalizar e mesmo assim pode não dar certo, pois pode acontecer do filme ter sido perdido ou arruinado com o tempo. Não existe a certeza de dar certo.

BN: Qual a importância para os leitores mais jovens terem contato com essas histórias?

LR: Em geral, é muito importante ter contato nas redes sociais com os leitores mais jovens. As pessoas mais velhas, como eu, são menos acostumadas com as redes sociais, mas os jovens vivem esse mundo. Então, é importante que todo o conteúdo desses personagens fique dentro das redes sociais para assim se comunicar melhor com esse público.

Acho que saber de onde esses personagens vieram, como eles agiam em seus primeiros anos de vida é um conteúdo muito legal. Saber o background por trás de um personagem ajuda o leitor a curtir mais essas histórias. O grande desafio é lançar conteúdos que ajudem as pessoas que querem saber mais sobre esse mundo, saindo de uma sessão de cinema após ver um lançamento da Marvel, que vão em uma livraria ou na loja da Panini encontrar o produto certo.

BN: Existem planos para trazer novos heróis para a coleção histórica Marvel?

LR: Essa coleção nasceu na Itália, em uma parceria com o jornal “La Gazzetta dello Sport” e agora está chegando à edição 350. A edição brasileira retoma a edição italiana com as mudanças na ordem, mas basicamente é a mesma coleção e, se nós seguirmos com a série italiana, pode ter espaço também para o Surfista Prateado, Doutor Estranho, Os Defensores que são outros personagens que podem se juntar a essa coleção. Vamos torcer para que tudo dê certo no futuro.

BN: Existem planos para trazer novos exemplares da linha Omnibus em 2023?

LR: Sim, nós vamos fazer basicamente 16 Omnibus por ano, sendo 6 da DC, 6 da Marvel, 2 do Conan e 2 de Star Wars. Esse é o plano que está estabelecido até agora e vamos seguir assim. Pode ser que haja um Omnibus a mais para alguma outra coisa, mas, por enquanto, o desafio é ficar com 16.

Já estamos trabalhando no nosso trigésimo Omnibus, então esse produto já se estabilizou no mercado brasileiro, o que é muito importante.

BN: Como acontece o processo de seleção das histórias para a linha Omnibus?

LR: Fica complicado, porque o objetivo é sempre fazer um material muito equilibrado com preços e canais, então cada canal tem que ter um produto e, dependendo da força de um autor e da duração de uma série, pode precisar de mais edições para se enquadrar nesse formato, ou as vezes de menos edições.  

Há muitos motivos que nos faz escolher entre uma série ou outra, aí que o feedback dos leitores se torna importante para nos fazer entender o que está funcionando, o que o público está gostando ou não. É algo que nós sempre levamos em conta, basta ver que nos últimos dois anos nós temos feito várias coisas que as pessoas nos pediram.

BN: Quais os desafios para reduzir a janela de lançamentos dos Estados Unidos e Japão para o Brasil e trazer novos títulos para cá cada vez mais rápido?

LR: Olha, eu acho que um tempo bom são de 6 meses, porque o tempo que você consegue fechar uma história, traduzir, aprovar e toda a logística necessária, fazer todo esse processo em menos de 6 meses é muito complicado, por isso é um tempo correto para se fazer as coisas com a qualidade necessária.

De vez em quando nós conseguimos lançar algo simultaneamente com os Estados Unidos, mas são projetos mais particulares e de poucas páginas, como as histórias de Fortnite por exemplo, mas se não são casos assim, é complicado trazer em um tempo menor que 6 meses.

BN: Como a Panini analisa as oportunidades de mercado no que diz respeito às demandas de mangá?

LR: A demanda de mangá é muito forte, cresceu muito depois da pandemia e nós estamos trabalhando para trazer novos títulos, estamos trabalhando muito para fazer novas impressões. Nós estamos felizes com os mangás, é um mercado que está crescendo e nós estamos seguindo esse crescimento. Também há muitos novos leitores chegando, o que faz a demanda aumentar ainda mais.

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