Caminhos da Memória é thriller sci-fi de qualidade

Caminhos da Memória é thriller sci-fi de qualidade

Tem sido comum nos últimos anos ter estreando nos cinemas adaptações de livros ou quadrinhos, bem como refilmagens de títulos que fizeram sucesso outrora. Especialmente se você é fã do gênero de ficção científica. Uma raridade, Caminhos da Memória (Reminiscence, EUA, 2021) estreia nas telonas nesta quinta-feira (19) como obra original criada por Lisa Joy, conhecida pela produção de Westworld, que aqui é responsável pelo roteiro e direção.

Estabelecido em um futuro distópico, o longa apresenta a Terra depois de uma grande guerra e uma onda de mudanças climáticas, o que resultou na subida das temperaturas e das marés – levando a costa de Miami a sobreviver quase submersa. Diante dessa dura realidade, uma tecnologia usada para reviver lembranças para investigações acabou aproveitada para levar as pessoas de volta aos momentos memoráveis de suas vidas. Tudo sob certo preço, claro.

Esse é o negócio paralelo do investigador particular Nick Bannister (Hugh Jackman, de Logan) e sua assistente Watts (Thandiwe Newton, de Missão: Impossível 2), que ajudam a polícia local a destrinchar a mente de acusados e criminosos. Afinal, em um mundo aos cacos, a humanidade parece ter sucumbido aos seus instintos mais primitivos para sobreviver, algo que, consequentemente, aumenta o número de casos de violência, tráfico e corrupção.

Amor que não sai da cabeça

Enquanto averigua os crimes de um barão, Bannister se acha envolvido pelos mistérios da bela Mae (Rebecca Ferguson, de Missão: Impossível – Nação Secreta), uma cantora que apareceu como sua cliente e logo passou a ocupar um espaço especial em sua vida. O problema, porém, é que a moça desapareceu, marcando presença apenas nas memórias de narcotraficantes e tiras corruptos. E isso levanta a questão: até que ponto é possível conhecer alguém?

A partir daí, a trama arquitetada por Joy alterna entre o passado e o presente de Bannister em sua jornada para encontrar Mae – ou, no mínimo, saber o que aconteceu a ela para sumir subitamente. Aqui, o enredo mostra o quanto as memórias podem ser perigosas, pois o protagonista aos poucos definha sem superar o trauma. Nos tempos atuais, que vivemos armazenando cada momento nos celulares e redes sociais, o longa faz um alerta pertinente.

Veredito

O visual noir cai muito bem na narrativa, que busca inspiração nos bem-conceituados “A Origem”, de Christopher Nolan, e “Minority Report: A Nova Lei”, de Steven Spielberg, dosando de forma competente a mescla entre o sci-fi e a investigação policial. No entanto, o ritmo lento e as várias histórias que se cruzam na busca de Nick podem incomodar o público que espera por uma experiência de ação mais prática. O que não tira o brio de Caminhos da Memória.

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