Batwoman: 2ª temporada foca na diversidade

Batwoman: 2ª temporada foca na diversidade

Com sua 1ª temporada tendo final antecipado por conta da pandemia do coronavírus e a então protagonista Ruby Rose deixando o elenco, Batwoman iniciou seu segundo ano com vários problemas a resolver. Afinal, a atração exibida no Brasil pela HBO deu seus primeiros passos sustentando-se pelo drama familiar vivido por Kate Kane (Rose) e Alice (Rachel Skarsten) – irmãs tragicamente separadas na infância – e seu pai, o coronel Jacob (Dougray Scott).

Composto por 18 episódios, o seriado desenvolvido por Caroline Dries (Diários de um Vampiro) apostou suas fichas na criação de Ryan Wilder (Javicia Leslie, de Deus Me Adicionou), personagem pensada para a TV, mas que acabou também introduzida nos quadrinhos na revista Batgirl #50. Além de ostentar com orgulho a bandeira da causa LGBTQIA+, Wilder atua no combate antirracista, acompanhando os protestos contra violência policial fora da ficção.

Para que as necessidades de produção e do roteiro caminhem aliados, o título originalmente transmitido pelo canal americano The CW supostamente mata Kate Kane num atentado aéreo, o que consequentemente abre vaga para defensora de Gotham. Logo em seu primeiro arco, Ryan Wilder busca provar que merece o traje de heroína para Luke Fox (Camrus Johnson) e Mary Hamilton (Nicole Kang), meia-irmã de Kate e Alice e médica em formação.

Manifesto social

A crítica de Batwoman ao preconceito e injustiças sociais começa na história de origem da protagonista. A moça está em liberdade condicional, após cumprir pena por acusação de posse de drogas que não eram dela – mas de sua namorada. Sem oportunidades de trabalho, a jovem mora numa van e constantemente sofre com batidas policiais. Além disso, Wilder deseja vingar a morte de sua mãe, vítima da gangue de Alice (vilã branca jamais levada à justiça).

Assim como Alice, outras forças pesam a mão sobre a parcela menos abonada da cidade. Estamos falando de Roman Sionis (Peter Outerbridge, de Jogos Mortais 6), o Máscara Negra, que posa como empresário do ramo de cosméticos como fachada para controlar o narcotráfico de Gotham. A outra face do perigo é o agente Tavaroff (Jesse Hutch, de Um Amor Verdadeiro), que personifica tudo que há de errado com a polícia ao liderar uma violenta ala dos Corvos.

Este é o cenário perfeito para talhar Luke Fox como Batwing, novo herói da Bat Família que utiliza uma armadura reluzente e cheia de recursos tecnológicos, que surge para proteger os pobres e desamparados.

Renascimento

O título de uma linha inteira de gibis da DC batiza um dos capítulos da trama – com participação de John Diggle (veterano de Arrow) passando a tocha para Luke – e marca toda a toada da temporada. Forjando dois protagonistas e ressignificando a série, a segunda temporada de Batwoman procura dar um adeus mais digno a Kate Kane e, para isso, recruta Wallis Day (conhecida por Krypton) para uma reviravolta – que também valoriza Ryan Wilder.

E por falar em “renascimento”, a narrativa aproveita esta fase de HQs da Batwoman para explorar a nação pirata de Coryana, da qual se origina a antagonista Safiyah Sohail (Shivaani Ghai, de Dominion) e uma mitologia repleta de possibilidades. Por essa riqueza de temas, personagens e a capacidade de se reinventar, não é à toa que o programa tem garantida a 3ª temporada.

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