Atleta da Megalô O.S. dribla adversidades para realizar sonhos

Os eSports estão em ascensão no Brasil e no mundo, comando cada vez mais atletas e audiência em suas competições. Aos 21 anos, João Victor Maciel Pacheco, o Vitinho, é fruto desse movimento e tem no esporte virtual a oportunidade para superar situações como enchentes e tiroteios na comunidade de Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

“Moro no Jacarezinho desde que nasci. É um lugar que eu amo. Conheço muita gente e gosto de andar por aqui e saber a história da comunidade. É um povo sofrido por causa da violência, mas muito unido.”, conta o atleta da Megalô O.S. Porém, a paixão pelos games e pelo futebol, uma influência do seu pai e do seu irmão, fugir dessa realidade e buscar o eSport.

Determinado, jovem de 21 anos enfrenta situações como enchentes e tiroteios na comunidade onde mora.

“Torço para o Liverpool desde 2005, quando o time venceu o Milan num jogo histórico, conseguindo levar a partida para os pênaltis depois de estar perdendo por 3 a 0!  Foi a partir daí que eu me interessei por futebol e passei esse amor para os games”, diz ele. Em 2012, começou a jogar FIFA, mas nunca imaginou que se tornaria um jogador de soft games.

Vitinho teve a oportunidade de jogar com pessoas de diversos lugares. “Gente aqui do Rio, de outros estados e até de outros países. Acabamos conhecendo um pouco da cultura de cada lugar”. Ele também pretende ganhar dinheiro com os soft games para ajudar a família e realizar outros planos, como ter uma casa e se casar.

Virando o jogo

Em 2015, Vitinho começou a jogar Pro Clubs, um modo em equipe no FIFA, mas foi em 2017 que começou a participar dos primeiros torneios. Hoje, além de jogar profissionalmente pelo Megalô O.S., primeiro clube de eSports focado em soft games, o rapaz atua como analista de suporte e cursa o 5º semestre da faculdade de Análise de Desenvolvimento de Sistemas.

Afinal, sua outra meta é atuar como desenvolvedor de softwares, além de evoluir na carreira como pro player. “Os games significam muito para mim, é o momento em que alívio as tensões do dia a dia. É como uma terapia, pois eu me vejo no lugar do player jogando como se eu estivesse naquele ambiente, eu viajo totalmente naquele mundo virtual, é um contraponto ao lugar onde eu vivo hoje, que é muito violento e pesado”, declara o atleta.

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