As Marvels: diversão que merece sua atenção

As Marvels: diversão que merece sua atenção
Marvel Studios

Encerrando o ano da Marvel Studios, As Marvels é o terceiro filme da Fase 5 do MCU. E, apesar de ser mais um passo em direção aos novos filmes dos Vingadores, podemos dizer que não haviam grandes expectativas pela estreia do longa. Isso para não mencionarmos as campanhas de hate contra a aventura estrelada por mulheres, que tomam a internet. Voltando ao tema central, o novo título chegou e já podemos que irá surpreender todo mundo que lhe der uma chance.

Com apenas 1h45 de duração, a história dirigida por Nia DaCosta (A Lenda do Candyman) e escrita por Megan McDonnell (WandaVision) e Elissa Karasik (Loki) conta três protagonistas. Assim, a trama prossegue a partir da última cena de Ms. Marvel, em que Kamala Khan (Iman Vellani) troca de lugar com Capitã Marvel (Brie Larson). Apresentada em “WandaVision”, Monica Rambeau (Teyonah Parris) também entra nesse circuito de trocas.

Para você saber, isso acontece porque os poderes delas é relacionado à energia da luz, que é afetada pelas ações da vilão do longa. Então, entra em cena kree Dar-Benn (Zawe Ashton, de Wanderlust – Navegar é Preciso), que usa um bracelete quântico igual ao de Kamala para abrir portais pelo universo. Dessa forma, ela desestabiliza também as habilidades das três.

Questão de perspectiva

Tendo em vista esse enredo básico, partimos para um dos pontos mais interessantes de “As Marvels”. A perspectiva com que cada personagem vê a outra dá tons diferentes ao filme. Kamala Khan, que é fã da Capitã Marvel, tem diante de si um ídolo, mas percebe que quem tanto lhe inspirou pode também desapontar. Para Monica Rambeau, este é um encontro tardio com aquela que considera sua tia, após viver uma série de tragédias no período do “blip” de Thanos – o sentimento aqui é mágoa.

Carol Danvers, a Capitã Marvel, tem melhor desenvolvimento em comparação ao seu longa de 2019. Ela abandona a pegada grunge e o jeitão caladão de Vingadores: Ultimato (2019) para mostrar um lado mais vulnerável e imperfeito. Além de lidar com a maneira com que Danvers é vista na Terra, ela encara as consequências de seus atos galáxia afora. Afinal, a missão de Dar-Benn é reconstruir Hala, o planeta que a Capitã Marvel destroçou em sua vingança contra a Inteligência Suprema Kree.

Ou seja, na visão de Dar-Benn, a vingadora é uma vilã. É difícil argumentar contra isso. E o roteiro explora com propriedade o peso disso sobre Carol Danvers. Por outro lado, Dar-Benn também é algoz de outros planetas. Complexo, não?

Rolê das amigas

Outro mérito da produção é sua vibe divertida, leve e colorida, o que imprime identidade própria ao título. É com isso que a diretora Nia DaCosta cria um bom entretenimento, mas que também fixa personagens como Kamala e Monica no panorama geral do multiverso da Marvel. Tudo isso acontece com uma atmosfera descontraída e sensível digna de um encontro de amigas. Apesar do humor e músicas presentes, a obra destaca as emoções individuais das personagens, assim como cria laços ao grupo.

Para completar, “As Marvels” entrega duas cenas adicionais de grande impacto – então fique para os créditos finais.

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