A Mãe: mais do mesmo com ação genérica e forçada

A Mãe: mais do mesmo com ação genérica e forçada

Uma criança sequestrada, uma figura materna/paterna partindo ao resgate, e muitos corpos deixados pelo caminho. Certamente você já assistiu ou ouviu falar de um filme assim, e isso se deve ao fato desta trama já ter sido explorada mais vezes do que podemos contar. Ainda assim, é possível que um longa-metragem traga uma ideia já batida e reinvente ela, transformando em uma experiência cuja qualidade supera a originalidade. A Mãe (da Netflix), entretanto, não é uma dessas exceções.

Protagonizado por Jennifer Lopez, o filme traz todos os clichês possíveis do gênero, se tornando quase que previsível por completo. Com exceção de seus primeiros momentos, que conseguem deixar levemente curioso um espectador que desconheça do que ‘A Mãe’ se trata, o público é convidado a acompanhar uma história simples, que falha em qualquer tentativa de reviravolta que propõe – quase se não estivesse tentando o suficiente.

Pontos positivos

Não focando apenas nos pontos negativos, o título ainda consegue tomar uma ou outra decisão que fogem um pouco do genérico. Diferente de tantos outros que o precederam, a filha da protagonista é resgatada ainda na primeira metade do longa, fazendo com que o principal desenvolvimento da narrativa gire em torno da personagem de Lopez a protegendo e ensinando ela a se virar sozinha – mesmo sem uma justificativa clara ou plausível para essa decisão.

Erros pesam

Ainda assim, esta mínima mudança no que era esperado da trama não é o bastante para tornar ‘A Mãe’ algo sequer próximo de inovador. Após o resgate da personagem interpretada por Lucy Paes, o filme volta a ser estupidamente previsível, tornando possível ao espectador prever cada ação ao longo do roteiro.

Se não bastasse a previsibilidade, traz uma série de resoluções que beiram o ridículo para as situações e desafios apresentados ao longo da trama. Desde cenas de luta frias e sem emoção, até artimanhas fracas e genéricas, a obra decepciona com tentativas falhas e forçadas de ser criativo, quase como se estivesse clamando ao espectador: “olhe que resolução genial da protagonista! Ache inteligente, por favor!”.

Tendendo um pouco para o lado do exagero, os defeitos são tão marcantes que, em alguns momentos, nos fazem pensar que o maior golpe dos roteiristas na atual greve não foi pausar seus trabalhos, mas sim escrever este filme.

Veredito

Mesmo deixando claro todo seu potencial ao tentar trazer novas nuances para este tipo de ação, ‘A Mãe’ erra naquilo que propõe e se torna apenas mais um “longa de tiro, porrada e bomba” que nada tem a acrescentar na interminável lista de obras do gênero. Ao mesmo tempo, não deixa de ser uma alternativa razoável de entretenimento para aqueles que gostam deste tipo de história, e que esperam apenas se distrair por 2h de ação genérica e forçada.

Next Post

KaBuM! oferece descontos para o Dia dos Namorados

Jogar junto faz parte do relacionamento. E é claro que os equipamentos certos ajudam a conquistar mais partidas e fortalecer a parceria. Pensando nisso, o KaBuM! preparou uma seleção de produtos para acertar no presente neste Dia dos Namorados. A campanha Player 2 estará disponível até 13 de junho, às 8h, em […]
KaBuM! anuncia descontos para o Dia dos Namorados