Grandes brigas em família, ataques de violência desenfreada e escândalos sexuais… Sim, poderiam ser as manchetes daqueles programas sensacionalistas que tomam as tardes na televisão, mas o escritor George R.R. Martin transformou casos assim em uma aventura fantástica com Game of Thrones. Além de uma saga literária de sucesso mundo afora, a franquia acabou de ganhar um spin-off na HBO e HBO Max com A Casa do Dragão.
É bem verdade que Game of Thrones não ia bem das pernas em suas últimas temporadas, recebendo avaliações bastante negativas em especial pelo destino dado à protagonista Daenerys Targaryen (Emilia Clarke). E, mesmo com tanto sendo contado sobre a personagem e o histórico de sua família, o público terminou o seriado querendo saber ainda mais sobre a linhagem de pessoas caracterizadas pelos cabelos claros e por montarem em dragões.
Casos de família
Em A Casa do Dragão, a história se estabelece 173 anos antes de Daenerys, em uma época na qual os membros da família Targaryen se revezam sobre o Trono de Ferro de Westeros. Neste cenário, o rei Viserys (Paddy Considine, de The Outsider) é apresentado já pensando em eleger seu herdeiro, mas sem conseguir um filho homem. O que causa desgosto a sua primogênita, a princesa Rhaenyra (Milly Alcock, de Upright), que se sente esnoba pelo pai.
Como principal candidato à coroa surge o príncipe Daemon (Matt Smith, de Morbius), irmão mais novo de Viserys. No entanto, o jovem exibe perfil antagônico, em que se sobressaltam sua ambição, senso de moralidade dúbio e comportamento sádico, o que gera desconforto entre a realiza e sua corte. Aliás, é Daemon quem promove as primeiras cenas mais fortes da atração, tanto no que se refere a sexo quanto no aspecto de barbárie.
A forma com que Daemon reagirá ao saber que Rhaenyra foi eleita herdeira do trono deve definir o rumo do seriado.
A serviço do fã
Iniciando com um enredo promissor, A Casa do Dragão resgata (de cara) o prestígio que a franquia Game of Thrones sempre mereceu na cultura pop, mantendo a atmosfera visceral que são o diferencial da saga, mas também encantando por mencionar sobrenomes famosos conhecidos do título principal e eventos e figuras vistos alguns anos atrás da TV – ou séculos adiante na cronologia da obra. Para o fã, ouvir a expressão “Dracarys” reacende a chama de uma antiga paixão.