3ª temporada: Jessica Jones abraça heroísmo em trama sobre moralidade

Encerrando a parceira da Marvel com a Netflix – que nos proporcionou as séries Demolidor, Luke Cage, Punho de Ferro, Justiceiro e Os Defensores –, a 3ª temporada de Marvel – Jessica Jones chegou ao catálogo do serviço de streaming no último dia 14 de junho. Desenvolvida por Melissa Rosenberg (Dexter), a atração apresenta uma protagonista bastante diferente do habitual, pois, agora, Jessica Jones (Krysten Ritter, de Breaking Bad) coloca seus esforços em fazer o certo e agir de acordo com a lei – em respeito à memória de sua mãe.

Com 13 episódios de cerca de 50min, o programa retorna com uma proposta mais próxima de sua 1ª temporada, numa espécie de drama psicológico, porém, sem usar um grande vilão – como foi Kilgrave (David Tennant, de Good Omens), o Homem-Púrpura. Desta vez, para provar se provar como super-heroína, Jessica encara a ameaça de Gregory Sallinger (Jeremy Bobb, de Boneca Russa), um assassino em série – que, nos quadrinhos, é conhecido como Foolkiller. Inteligente e manipulador, o antagonista vem deixando uma trilha de corpos por Nova York.

Nos quadrinhos, Erik Gelden é chamado de Onda Mental. (Foto: Netflix)

A narrativa, no entanto, gira em torno de dois personagens-chave: Erik Gelden (Benjamin Walker, de Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros), rapaz com o poder de identificar a maldade na aura das pessoas, e Trish Walker (Rachael Taylor, de ARQ), em uma perigosa jornada para se tornar a implável vigilante Felina. Enquanto o charmoso trambiqueiro – que surge como interesse amoroso de Jessica Jones – tenta utilizar seus poderes como uma bússola moral para o bem, Trish usa as novas habilidades – como visto na temporada 2 – para fazer sua própria justiça.

Principal assunto da temporada, o dilema entre certo e errado é refletido no arco de Malcolm Ducasse (Eka Darville, de Empire: Fama e Poder), que se questiona sobre a decência dos trabalhos prestados à firma de advocacia de Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss, de Matrix). Por outro lado, a advogada que sofre de uma doença degenerativa – Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), especificamente –, não demonstra escrúpulos para reatar com a ex, Kith Lyonne (Sarita Choudhury, de A Dama na Água), sem pensar nos impactos em sua família.

O psicopata Sallinger acredita que super-heróis são uma fraude. (Foto: Netflix)

Com uma mensagem clara, o seriado humaniza e empodera Jessica Jones, aproximando-a do público em seu passado e relacionamentos familiares, algo que até então não havia sido realizado de maneira acertada. Livre de traumas e pronta para aceitar o heroísmo, a 3ª temporada de Jessica Jones é concluída com uma despedida digna, de trama intrigante e luxuosas participações de Kilgrave e Luke Cage (Mike Colter, de Superação: O Milagre da Fé).

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