A próxima grande estreia do Disney+ e Star+ não tem a ver com Marvel ou Star Wars. A bola da vez é Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, adaptação do romance de James Clavell, ambientada no Japão de 1600. A estreia acontece na próxima terça-feira (27), mas tivemos a oportunidade de conferir ao início da série na pré-estreia que aconteceu em São Paulo nesta semana.
Abaixo, confira as primeiras impressões:
Início de um reinado
A história gira em torno de Yoshii Toranaga (Hiroyuki Sanada, de Mortal Kombat), um poderoso senhor da guerra de uma temida linhagem. Ele atua como lorde da extensa região de Kanto, mas está isolado e em desvantagem em relação a seus inimigos no Castelo de Osaka. Logo no primeiro episódio, o protagonista se vê encurralado por um conselho de líderes que deseja destitui-lo, para dizer o mínimo. Por isso, a impressão que se têm – e a série faz bem isso – é de que ele não terá vida longa.
No entanto, o roteiro se mostra tão estrategista quanto Toranaga. Afinal, logo é introduzido John Blackthorne (Cosmo Jarvis). O piloto inglês conduzia uma embarcação norueguesa cheia de pólvora. Seu histórico de navegação inclui regiões com bases portuguesas, e o Japão é uma delas. No período, um conflito entre católicos e protestantes (chamado de Guerra dos Trinta Anos) assola os mares e continentes. Desta forma, a guerra acaba por influenciar no cenário político das terras nipônicas.
Blackthorne se torna um recurso bastante útil, exatamente por ter conhecimento do cenário exterior e das parcerias que estão em andamento. Contudo, um jogo de interesses deve marcar a jornada do britânico, que não indica ser um dos aliados mais confiáveis que se pode ter.
Épico de guerra e conspiração
“Xógum: A Gloriosa Saga do Japão” se apresenta como um épico de grandes proporções voltado estritamente ao público adulto. Assim, a produção do FX assume liberdade para expor toda a intensidade do história e do momento em que se passa. Ou seja, prepare-se para cenas de violência extrema, como decapitações. Sequências de nudez se fazem presentes, em muito como artifício das manipulações que personagens desejam fazer a outros. De cara, há propósito nessa pegada madura.
Tendo em vista que o material original é um livro, o seriado parece assertivo na adaptação. Já foi possível sentir que a narrativa trará muita ação, mas também que trabalha com diálogos inteligentes e uma interessante imersão aos valores e cultura da época. Por se tratar de um jogo político, conspirações e traições devem se tornar destaques com o avanço da temporada que terá 10 episódios.
Um início promissor que leva qualidade de cinema ao streaming.
