A Fundação Vida, também conhecida como Life Foundation, é uma organização presente tanto nos quadrinhos da Marvel quanto nas adaptações cinematográficas da Sony, desempenhando um papel central nas histórias envolvendo os simbiontes, especialmente no universo do Venom.
Sua história e abordagem variam entre as duas mídias, cada uma explorando aspectos diferentes da organização e suas intenções.
Origem nos quadrinhos: uma organização de sobrevivência extrema
A Fundação Vida foi introduzida pela primeira vez em The Amazing Spider-Man #298 (1987), criada por David Michelinie e Todd McFarlane. A organização surgiu durante o contexto do fim da Guerra Fria, acreditando que o mundo estava à beira de uma guerra nuclear que resultaria na destruição da civilização moderna. Para lidar com essa ameaça, a Fundação, liderada por Carlton Drake, construiu abrigos nucleares para que seus clientes mais ricos pudessem sobreviver em um eventual apocalipse.
Experimentações com simbiontes
Nos quadrinhos, a Fundação Vida é conhecida principalmente por suas experimentações com simbiontes. Depois de capturar Venom, a organização forçou o simbionte a gerar cinco novas entidades: Agony, Phage, Riot, Lasher e Scream. Esses simbiontes foram criados como uma forma de garantir proteção para a comunidade exclusiva que a Fundação esperava estabelecer.
Ao longo do tempo, a Fundação Vida se envolveu em diversos confrontos, incluindo a captura do Homem-Aranha para acelerar suas pesquisas. Entretanto, enfrentou oposição de figuras como o vilão Roland Treece, que tentou assumir o controle da organização, e acabou enfrentando sua própria destruição ao longo das histórias.
Com o tempo, a Fundação enfrentou dificuldades financeiras, até se reerguer com a queda da Roxxon e os ataques de Carnificina, reposicionando-se como uma autoridade em assuntos relacionados aos simbiontes. Eventualmente, foi absorvida pela Alchemax, outra grande corporação do universo Marvel.
A Fundação Vida no Sonyverso: ambição e ciência sem limites
Nos filmes do universo da Sony, a Fundação Vida é apresentada pela primeira vez em Venom (2018), e retorna em Venom: Let There Be Carnage (2021). Liderada por Carlton Drake, a organização é retratada como uma poderosa corporação de biotecnologia com sede em São Francisco, Califórnia.
Exploração espacial e experimentos ilegais
Diferente dos quadrinhos, a motivação principal da Fundação Vida nos filmes é a exploração espacial. Carlton Drake acredita que a exploração do espaço é fundamental para a sobrevivência da humanidade e vê nos simbiontes uma oportunidade para alcançar avanços científicos. Após uma missão espacial da Fundação resultar em um acidente, quatro simbiontes são encontrados e levados à Terra.

A Fundação Vida começa então a realizar experimentos cruéis com os simbiontes, usando seres humanos como cobaias. Sem se importar com os riscos, a organização utiliza pessoas em situação de vulnerabilidade como sujeitos de teste, resultando em inúmeras mortes. Essas ações chamam a atenção de Eddie Brock, que, ao investigar a Fundação, acaba se unindo ao simbionte Venom.
Conflito com Eddie Brock e a queda da Fundação
A trama dos filmes avança com Eddie Brock sendo perseguido pela Fundação Vida, após ele expor suas práticas ilegais. Carlton Drake, desejando recuperar o simbionte, se transforma em Riot, outro simbionte que planeja trazer uma invasão simbiótica para a Terra. A batalha final ocorre no complexo da Fundação, culminando na destruição do local e na morte de Drake e Riot.
A reputação da Fundação Vida é destruída após os eventos, e seu nome é associado a uma série de escândalos. Em Venom: Tempo de Carnificina, a queda da Fundação ainda é lembrada pelas autoridades e por Eddie Brock, reforçando seu legado de controvérsias e experimentações antiéticas.
Comparando as duas versões
Enquanto nos quadrinhos a Fundação Vida se apresenta como uma organização paranoica, com foco em sobrevivência extrema e na criação de uma sociedade isolada, nos filmes da Sony ela é retratada como uma corporação científica ambiciosa, disposta a ultrapassar os limites éticos para alcançar avanços tecnológicos. Em ambas as versões, contudo, a relação com os simbiontes é o ponto central, e suas ações resultam em consequências desastrosas, tanto para a organização quanto para aqueles que tentam controlá-los.