Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que Transformers: O Início leva seu título a sério. O novo longa da Paramount Pictures com a Hasbro se passa 3 bilhões de anos antes de qualquer live-action da franquia que você tenha visto. Além do mais, esta é a primeira vez que uma animação dos robôs é lançada diretamente nos cinemas. Com esse cenário em mente, partimos para crítica do filme que estreia no próximo dia 26 (mas com exibições antecipadas em 21 e 22/9):
Sobre a trama
Na produção, dirigida por Josh Cooley (Toy Story 4), conhecemos Cybertron antes de seu completo declínio. O planeta tem seus habitantes em uma situação complicada, mas acreditando estarem livres dos Quintessons, uma raça de alienígenas invasores. No entanto, para que esta suposta paz seja mantida, a civilização de robôs deve buscar seu recurso mais precioso, o combustível energon, para entregá-lo a Sentinel Prime (Jon Hamm) – o então líder de Cybertron.
Nas classes mais baixas, além do trabalho pesado, os Transformers não possuem cogs, o biomecanismo que lhes permite fazer transformações. Quem não conta com essa capacidade sofre humilhações, bem como apresenta pouco poder de reação diante de qualquer ameaça.
Amigos, amigos
Orion Pax (Chris Hemsworth) e D-16 (Brian Tyree Henry) trabalham nas minas, sem a menor ideia de que, respectivamente, se tornarão Optimus Prime e Megatron. Nos primeiros passos que pavimentam essa jornada, os amigos descobrem uma mensagem dos heróis que tombaram na guerra contra os Quintessons. Durante a investigação, a dupla encontra aliados como Elita -1 (Scarlett Johansson) e B-127 (Keegan-Michael Key) – posteriormente chamado de Bumblebee.
Ideologias à parte
Escrita por Andrew Barrer e Gabriel Ferrari (ambos roteiristas de Homem-Formiga e a Vespa), a trama vai criando momentos em que Orion e D-16 divergem. Se, para Orion, descobrir conspiração que vem escravizando seu povo é motivo para lutar mantendo todos os seus ideias, os instintos de D-16 clamam por retribuição na mesma moeda. Isso vai ficando mais e mais claro ao longo do filme, até seu clímax.
Assim, Transformers: O Início constrói tanto a história de origem de Optimus Prime quanto de Megatron.
Carisma e maturidade
A voz de Chris Hemsworth dá toda uma vibe de aventureiro ao protagonista Orion Pax, como uma bagagem que o ator traz de Thor, pela Marvel. Além disso, o desenvolvimento do personagem dentro de todos os estereótipos de herói fundamenta melhor sua ascensão como Prime e o deixa ainda mais admirável. D-16, sem ostentar logo de cara o nome “Megatron”, choca em cada desvio moral e ato de violência, embora isso faça sentido para sua escalada como vilão.
Ou seja, Transformers: O Início dá polimento e cheiro de carro novo à saga, trazendo o que há de mais empolgante sobre Autobots e Decepticons.