Nascido em 1892, o escritor John Ronald Reuel Tolkien transformou o mundo com sua vasta obra, que inclui O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Depois de ter suas criações adaptadas para os cinemas, chegou a hora do aclamado autor ter sua história contada, e é isso o que faz o filme Tolkien. Entrando no dia 23 de maio, o longa é dirigido por Dome Karukoski (Tom of Finland) e estrelado por Nicholas Hoult (Mad Max: Estrada da Fúria) e Lily Collins (Simplesmente Acontece).
No roteiro de David Gleeson (Caubóis e Anjos) e Stephen Beresford (Despertar da primavera), podemos acompanhar Tolkien (Hoult) desde sua infância na Inglaterra, após perder os pais, seu início na vida acadêmica até sua jornada pelos campos de batalha na França, durante a Primeira Guerra Mundial. Além disso, a narrativa explora o romance entre Tolkien e Edith Bratt (Collins), sua futura esposa e com quem ele cresceu numa casa de acolhimento.
É interessante observar como muitos dos conceitos apresentados pela Terra-Média surgem no cotidiano do literato e como seus populares personagem retratam pessoas que passaram pela sua vida. Se você se divertiu com Frodo, Sam, Merry e Pippin, verá o quarteto nos jovens artistas Tolkien, Geoffrey Smith (Anthony Boyle, de Z: A Cidade Perdida), Robert Gilson (Patrick Gibson, de The OA) e Christopher Wiseman (Tom Glynn-Carney, de Dunkirk).
Mesmo sem abordar com profundidade toda a existência do autor, a produção conta as conquistas e dramas de Tolkien através de sua fantástica perspectiva ao longo de décadas, muito antes dele se tornar o simpático senhor com cachimbo da contracapa dos livros. Aqui, o destaque é a capacidade de Tolkien em desenvolver idiomas e culturas inteiras, assim como seu amor por Edith – comparável ao fascínio demonstrado pelo guerreiro Aragorn pela elfa Arwen.
Talvez essa não seja a versão definitiva da biografia, mas o filme acerta ao usar magia do universo de Tolkien para nos aproximar de quem fez muito pelo mundo nerd.