The Shift: teste de fé no multiverso estreia no Cinemark

The Shift: teste de fé no multiverso estreia no Cinemark
Angel Studios

Ah, os filmes de multiverso… Eles estão na moda. Seja em adaptações de quadrinhos ou em vencedor do Oscar, o conceito de realidades paralelas tem sido recorrente nas telonas. Produção do Angel Studios, que ganhou projeção mundial com O Som da Liberdade (2023), The Shift – O Deslocamento estreia com exclusividade na rede Cinemark com uma aventura entre dimensões sob o viés da fé. Abaixo, confira a crítica completa:

Lobo em pele de cordeiro

O longa, dirigido e escrito por Brock Heasley – a partir de um curta homônimo que ele mesmo criou (assista abaixo) – conta a história de Kevin Garner (Kristoffer Polaha). No que parece ser o pior momento de sua vida, ele conhece e se apaixona por Molly (Elizabeth Tabish). Enquanto o rapaz está no fundo do poço no aspecto profissional, a moça luta para se manter sóbria. O tempo passa e os dois vivem da felicidade do casamento à tristeza pelo desaparecimento de seu filhinho.

O impacto da tragédia distancia e põe o casal no limite até Kevin sofrer um acidente de carro, que o coloca frente a frente com um homem que se chama de Benfeitor (Neal McDonough). Misterioso, o homem oferece a Kevin uma oportunidade de trabalho nada usual: deslocar pessoas através do multiverso. Para você que assiste ficção com frequência, a proposta pode não assustar muito. No entanto, o longa mostra os efeitos disso em pessoas que são enviadas a outras realidades e em suas famílias.

Aos poucos, o protagonista percebe que o Benfeitor não é o que diz ser – e se revela alguém muito pior.

Poder da fé num mundo distópico

A saga de Kevin é marcada por sua negativa à oferta do Benfeitor. Para tanto, ele encontra forças numa prece. Com isso, o personagem que acompanhamos se difere de suas variantes, que aceitaram o acordo. Então, Kevin acaba vivendo por 5 anos em uma dimensão diferente da sua original, sem amigos e família, pressionado por um regime opressivo e trabalhos escassos. Ou seja, uma distopia. O filme destaca a fé e o amor como únicas ferramentas de resistência contra uma existência condenada.

Sendo assim, é interessante ver como o título atrela um roteiro de ficção a uma mensagem gospel, tornando um atributo complementar ao outro, de forma equilibrada e cativante. Se por um lado a figura de Kevin encara o pior que o inferno pode oferecer mantendo a esperança, o vilão de Neal McDonough mete medo quando tenta ludibriar um homem de fé.

No fim das contas, The Shift – O Deslocamento entretém como fantasia, mas também toca qualquer pessoa com conhecimento mínimo sobre a bíblia.

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