The Electric State: um filme de robô mediano e esquecível

Sally Borges
The Electric State
Foto: Netflix

Bastante aguardado pelos fãs de Anthony e Joe Russo, The Electric State será um daqueles filmes esquecidos na carreira dos irmãos e no catálogo da Netflix.  Protagonizado por Millie Bobby Brown e Chris Pratt, o longa traz apenas algumas horas de diversão, com robôs cativantes e ótimos efeitos visuais. Mas sem uma história envolvente.

Os bastidores

The Electric State é uma adaptação da graphic novel do sueco Simon Stålenhag, de 2017, e passou por vários acontecimentos até chegar ao resultado final. A começar pela direção: Andy Muschietti (The Flash e It – A Coisa) seria o responsável pela obra. Contudo, depois de passar pela Universal, acabou parando nas mãos da Netflix, em 2022.

A morte de um dos membros da equipe, durante um acidente no set no primeiro mês de produção, fez com que as filmagens fossem paralisadas. Até que em 2024, o filme sofreu algumas alterações e passou a ser divulgado como o próximo grande trabalho dos irmãos Russo desde o fenômeno Vingadores: Ultimato.

Sobre The Electric State

Ambientado em uma distopia da década de 90, o longa começa com uma guerra entre robôs conscientes e humanos, que acarretou num mundo em desordem. Após a vitória da humanidade, alguns robôs passaram a ser comandados por mentes reais enquanto outros foram banidos e levados para uma zona de exclusão.

The Electric State
Foto: Paul Abell/Netflix

Michelle [Bobby Brown] é uma garota que se envolve em um acidente de carro com sua família e, aparentemente, perde os pais e o irmão mais novo. Em meio a convivência com várias famílias adotivas, ela acaba conhecendo o robô consciente Cosmo, personagem de um desenho animado bastante assistido por seu irmão, Christoper [Woody Norman].

Juntos, os dois acabam encontrando Keats [Pratt] e seu robô Herman, capaz de assumir múltiplas formas, enquanto seguem para uma jornada em busca de Christopher. Mais guerras entre robôs e humanos completam essa trajetória que parece não ter fim. Embora tenha um momento de tristeza entre os irmãos, o final abre espaço para uma sequência, o que pode ou não agradar os fãs de sci-fi.

Vale a pena?

The Electric State não é um filme ruim. Mas é esquecível em quase todos os sentidos. Os efeitos visuais, entretanto, são um show à parte. Os cenários e as animações do longa impressionam o público, e tudo isso no streaming. Talvez se a obra tivesse ido para os cinemas, a aprovação seria maior.

Outra coisa que salva o longa é o carisma dos robôs, o que acaba sendo mil vezes melhor que do elenco. Sem graça, sem encanto, sem influência. Além da dupla de protagonistas, Ke Huy Quan, Stanley Tucci, Giancarlo Esposito e Anthony Mackie completam o elenco. E não espere por um filme como Eu, Robô, A.I. – Inteligência Artificial ou Transformers. Espere apenas por um filme mediano com um CGI admirável.

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