Bem posicionada política e socialmente, Supergirl desponta há tempos como um dos melhores títulos do Arrowverse – universo de The Flash, DC’s Legends of Tomorrow, Batwoman e Arrow (é claro!). Em sua 4ª temporada, a heroína encara o ódio sobre a presença alienígena em National City após a luta com Reign, lidando com ânimos exaltados e rejeição às diferenças. Desta vez, os showrunners Jessica Queller (Gossip Girl) e Robert Rovner (Private Practice) apostam em uma trama ambiciosa inspirada na HQ Superman: Entre a Foice e o Martelo.
A nova fase do programa é construída a partir das ações do grupo de supremacistas chamados Filhos da Liberdade, que agem sob o comando do implacável professor Ben Lockwood (Sam Witwer, de Riverdale), vulgo Agente Liberdade. De forma muito violenta, este antagonista ataca a comunidade extraterrestre da cidade, desencadeando as ações de outro extremista: Manchester Black (David Ajala, de Nightflyers), líder da Elite – um grupo de vilões composto por Menagerie (Jessica Meraz, de Crimes Graves), Hat (Louis Ozawa Changchien, de Bosch) e o monstro invisível Morae.
Enquanto tenta conter as investidas de ambos os lados, Kara Danvers (Melissa Benoist, de Glee: Em Busca da Fama), a Supergirl, investiga uma misteriosa conspiração que derruba o governo da presidente Olivia Marsdin (Lynda Carter, de Mulher Maravilha), e treina a alienígena transgênero Nia Nal (Nicole Maines, de Royal Pains), a Sonhadora. Engajado, o programa combate o racismo, com J’onn J’onzz (David Harewood, de Homeland) como líder comunitário, e o machismo, Lauren Haley (April Parker Jones, de Jericho) chefiando o DEO.
Além do contexto sociopolítico, Supergirl investe em uma surpreendente trama de ficção científica quando Lena Luthor (Katie McGrath, de As Aventuras de Merlin) descobre como conceder superpoderes a humanos com o cristal Harun-El, dando início a uma nova corrida armamentista. No entanto, o destaque máximo é a presença de Lex Luthor (Jon Cryer, de Two and a Half Men), apresentado como um sociopata inteligentíssimo, cujo plano é utilizar a duplicata da Supergirl, a Filha Vermelha, para recuperar sua influência sobre os Estados Unidos.
Contundente em sua postura, a quarta temporada de Supergirl até traz certo apelo emocional, mas é realmente mais assertiva no uso da mitologia da DC Comics e no discurso pela aceitação, paz e cooperação entre povos. Ao todo, a saga conta com 22 episódios de 42min de duração.