Sombra e Ossos: 1ª temporada não surpreende, mas conquista

Sombra e Ossos: 1ª temporada não surpreende, mas conquista

Lançada em abril no catálogo da Netflix, a série Sombra e Ossos adapta ao live-action o chamado universo Grisha, criado pela escritora israelita Leigh Bardugo – e publicado em sua trilogia pela Planeta Minotauro aqui no Brasil. Na prática, a obra apresenta um mundo divido por uma enorme escuridão, que separa povos e acirra os conflitos com o povo Grisha, dotado de habilidades especiais (como o controle dos elementos da natureza, saúde e aparência).

Sob os cuidados do Eric Heisserer (Caixa de Pássaros), a produção – cuja 1ª temporada é composta por 8 episódios – acompanha a jornada de Alina Starkov (Jessie Mei Li, de National Theatre Live: All About Eve), uma cartógrafa que ganha a atenção do mundo ao manifestar os poderes da Conjuradora do Sol. O que significa que a jovem é uma figura mítica, destinada a dissolver a Dobra (nome das sombras) invocada pelo Grisha conhecido como “Herege Negro”.

Na mitologia de Sombra e Ossos, essa história remonta há centenas de anos, quando o vilão, em sua sede de poder e vingança, gerou as sombras que partiram o mundo e transformaram a todos dentro do perímetro de trevas em monstros alados, os Volcras. A ataque dessas criaturas em meio às sombras é o impossibilita que as populações atravessem a Dobra. Rachado, o mundo se polarizou entre os Grisha e quem os culpa pelo acontecido.

Política e preconceito

O surgimento da Dobra acirrou os ânimos entre as nações do universo de Leigh Bardugo. A maior parte da trama se passa em Ravka, país que acabou separado entre Leste e Oeste, o que faz quem precisa ir de uma metade a outra ter que cruzar os territórios hostis de Fjerda e Shu Han. Além disso, um lado do país prospera, enquanto o outro mingua.

Para “manter a ordem”, a monarquia de Ravka criou o Primeiro Exército (composto por soldados comuns) e o Segundo Exército (formado por Grisha). Mas há rivalidade entre ambos, uma vez que o Primeiro Exército olha para o Segundo com desconfiança.

Triângulo amoroso

Embora a geografia e conflitos raciais sejam importantes, o destaque de Sombra e Ossos é o romance. Afinal, Alina logo no início do seriado é separada de seu melhor amigo, de Malyen ‘Mal’ Oretsev (Archie Renaux, de Voyagers), um rastreador do Primeiro Exército, e passa a ser treinada por Aleksandr Kirigan (Ben Barnes, de O Justiceiro), poderoso general do Segundo Exército conhecido como Darkling. Kirigan tem o poder raro de manipular sombras.

Dividida, Alina tenta decidir entre dar uma chance ao parceiro de longa data ou se render ao charmoso Grisha. Com quem ela fica? Bom, aí vale a pena assistir à temporada ou mergulhar na trilogia literária!

Veredito

Por falar em “vale a pena”, sim, Sombra e Ossos merece a maratona, pois oferece ao espectador uma grande aventura em um universo bastante peculiar, que conquista mesmo em seus clichês e no elenco de caras novas, bem como na produção caprichada da Netflix, que parece não ter economizado nos efeitos visuais e figurinos.

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