Mais elaborado, As Tartarugas Ninja III levou os irmãos Leonardo (Mark Caso, de Mortal Kombat), Raphael (Matt Hill, de Du, Dudu e Edu), Michelangelo (David Fraser, de Sailor Moon) e Donatello (Jim Raposa, de Não Mexa com a Minha Filha) para uma viagem no tempo, chegando ao Japão de 1603. Com lançamento em 1993, o filme de Stuart Gillard (90210) coloca o grupo de super-heróis numa aventura que envolve guerreiros feudais e o resgate da repórter April O’Neil (Paige Turco, de The 100).
Sem perder tempo, o longa contextualiza os conflitos entre o Lorde Norinaga (Sab Shimono, de As Aventuras de Jackie Chan), seu filho Kenshin (Eidan Hanzei, de Adrenalina) e Mitsu (Vivian Wu, de O Último Imperador) – a amada do rapaz –, assim como introduz Walker (Stuart Wilson, de Máquina Mortífera 3), um ocidental que possui armamentos à pólvora. Enquanto isso, April presenteia o Mestre Splinter (James Murray, de The Muppets.) com um cetro, sem desconfiar de que o artefato é mágico. E o resultado? A moça é transportada ao século XVI e, em troca, Kenshin chega à NY de 1993.
As Tartarugas Ninja descobrem como ativar a antiguidade para buscarem a amiga e desembarcam em terras nipônicas, em meio a uma guerra dos povos de Norinaga e Mitsu. Deslocados, Leonardo, Raphael, Michelangelo e Donatello tomam parte nas questões locais, com o objetivo de achar April e reaver o cetro que os levará de volta para o futuro. Paralelamente, há o retorno de Casey Jones (Elias Koteas, de Ilha do Medo) para ajudar Splinter a lidar com os soldados japoneses que vieram em contrapartida.
Trocando o rap pelo rock, As Tartarugas Ninja III se distancia das produções anteriores, abandona quase que totalmente a figura do Destruidor (há só um laço de sangue com Norinaga) e foge dos modelos de filmes de heróis baseados em histórias em quadrinhos (não existe um grande antagonista), investindo mais na viagem no tempo. Entretanto, o longa, de 1h36min de duração, é raso nas explicações sobre como o cetro funciona (apesar de até uma réplica ser feita!) e pouco coerente ao mostrar eventos de épocas diferentes acontecendo de maneira simultânea.
Descompromissada, o fim da trilogia de As Tartarugas Ninja, dos anos 90, mantém a diversão dos primeiros títulos, especialmente nas cenas em que Leonardo entra no casco para se esquivar de um tiro de canhão e usa suas espadas como tesoura para cortar o cabelo de um vilão. Vale a pena conferir!