Sean Murphy acerta em releitura do Batman do Futuro

Carlos Bazela
Foto: DC Comics

Quando o roteirista e desenhista Sean Murphy trouxe um novo olhar para o Batman com Cavaleiro Branco, sua abordagem inovadora logo mostrou que aquele universo tinha como ir muito longe. Ao inverter os papéis do Batman e do Coringa, mostrando o Cavaleiro das Trevas como uma força que causava tanto mal a Gotham quanto os vilões que combatia e um Príncipe Palhaço de volta à sanidade, o artista esculpiu uma nova mitologia para aquele universo. Semelhante ao que a série Arkham fez nos games.

No terceiro volume da saga, Batman: O Cavaleiro Branco do Futuro, publicado aqui pela Panini, Murphy eleva ainda mais a barra e a mantém no alto em 256 páginas que prendem a atenção do leitor. Agora, 10 anos se passaram depois que Azrael expôs Bruce Wayne e o ex-bilionário está preso, deixando a Batcaverna livre para que Derek Powers e seu associado, o jovem Terry Mcginnis, coloquem as mãos no traje mais avançado já criado para o Batman.

Ao saber disso, Bruce decide fugir da prisão e desafiar a força especial OTG, comandada por Dick Grayson, para tirar esse novo Batman de circulação. Mas, o Coringa preparou uma última surpresa que vai pegar Wayne desprevenido e pode ser sua única salvação.

Universo familiar

O grande acerto de Sean Murphy é usar personagens que ficaram conhecidos pelo público, por conta da animação dos anos 1990 do Batman do Futuro, e encaixá-los em sua visão única e verossímil do Homem-Morcego.

O resultado é uma história épica, com um desfecho emocionante, capaz de surpreender e, ao mesmo tempo, ser fiel à essência da série, mostrando que a linha que divide o heroísmo de uma milícia sem lei, e a segurança pública do fascismo, é tênue o bastante para desaparecer com facilidade.

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