Se em sua 1ª temporada o foco se manteve sobre os efeitos das ações dos vilões na natureza, o segundo ano de Ragnarok apostou suas fichas na inclusão de novos personagens e em talhar seus protagonistas para a batalha final que se aproxima. Com mais 6 episódios inéditos, a série criada por Emilie Lebech Kaae e Adam Price segue surpreendendo ao adaptar para o mundo moderno figuras conhecidas do panteão de Asgard e das profundezas de Jotunheim.
Na trama, após se revelar como o deus do trovão, Magne (David Stakston), tem confronto marcado contra os gigantes da família Jutul. Porém, em menor número e sem todas as informações necessárias sobre o adversário, o jovem com poderes do Thor precisa encontrar novos aliados e forjar a arma mais poderosa de todos os reinos: o martelo Mjolnir (muito conhecido pelo herói da Marvel). E esse arco monopoliza grande parte desta 2ª temporada.
Luz na passarela que lá vem Loki
Tendo Magne em sua jornada do herói, a obra abre brecha para o desenvolvimento de Laurits (Jonas Strand Gravli), seu irmão, que se descobre como Loki, o deus da trapaça – algo previsível e que respaldou a boa escolha do ator para o papel. Enquanto no MCU ele engatinha para ter gênero-fluido, aqui Loki exibe interesse por homens, maquiagens e… é vital na criação de um grande inimigo de Thor – quem jogou God of War, para PlayStation 4, vai entender.
O humor sarcástico e sua atuação o tempo todo como agente duplo fazem o personagem roubar a cena, conquistando o carisma do público mais do que Magne.
Novas peças do tabuleiro
O seriado traz algumas reviravoltas em sua trama, inclusive na balança de poder dos Jutul. Contudo, o título logo no início de cada capítulo deixa claro a organização de quem é quem na cidadezinha de Edda, na Noruega. Como novidades, temos Iman (Danu Sunth), a reencarnação da feiticeira Freya; Wotan (Bjørn Sundquist), o todo poderoso Odin, e Harry (Benjamin Helstad), o deus da guerra Tyr. Cada um tem seu impacto sobre Magne e função no duelo do Ragnarok.
Dessa forma, a segunda temporada da atração original da Netflix é usada como um preparativo para um terceiro ato que promete ser maior e mais ambicioso, como um degrau bem pavimentado para o crepúsculo dos deuses nórdicos.