Órfã 2: A Origem troca qualidade pela nostalgia

Isabelly Lima
A Órfã 2: A Origem troca qualidade pela nostalgia

Para os amantes de filmes de terror, temos mais uma novidade chegando aos cinemas: Órfã 2: A Origem (Orphan: First Kill, EUA/Canadá, 2022), do diretor William Brent Bell (Boneco do Mal) e com roteiro de Alex Mace (A Órfã) e David Coggeshall (Evocando Espíritos 2). O longa conta o que levou a jovem conhecida como Esther à trama vista no primeiro capítulo da saga. 

Dessa vez, acompanhamos a personagem fugindo do hospital psiquiátrico em que vive na Rússia para tentar tomar o lugar da pequena Esther, que está desaparecida há alguns anos de uma família que mora nos EUA. Mas, como já sabemos, ela não é nada inocente, já que se trata de uma mulher com mais de 30 anos, portadora de uma doença autodegenerativa que impede seu corpo de acompanhar sua idade real – o que a possibilita se passar por uma criança.

Enredo

O ponto alto da obra é o roteiro. Conforme o público vai acompanhando o decorrer da história, a produção indica ter tudo para seguir a mesma receita de seu antecessor, principalmente porque as trajetórias da protagonista são parecidas. Porém, os roteiristas tentam inovar e, no meio do filme, aplicam um plot twist (quase que como uma virada de chave na história) que muda os caminhos de Esther de forma mirabolante.

Contudo, a trama começa a se bagunçar um pouco, pois há muitas coisas acontecendo na tela e todas elas parecem precisar ser executadas de uma forma melhor ou diferente, para que o filme não recaísse a quase um “trash” do gênero – ou seja, a mesmíssima coisa que vimos anteriormente.

O título se caracteriza como uma produção “fraca”, sem nada muito novo – ou seja, sendo apenas “mais um filme de terror”. Os personagens também não oferecem muito suporte à trama, com pouca construção emocional, sem fazer os telespectadores se apegarem com um carinho a mais, embora algumas ressalvas possam ser feitas.

Elenco

Isabelle Fuhrman, que dá vida a Esther (ou Leena), é digna de elogios. Apesar de ter que viver, anos depois, uma antiga personagem, seus trejeitos são originais e nostálgicos ao mesmo tempo. Foi possível ver novamente a pequena menina malvada do primeiro longa e as técnicas aperfeiçoadas com o tempo.

Julia Stiles (que faz Tricia Albright) e Rossif Sutherland (Allen Albright) entregam atuações comoventes, explorando todo o repertório que já arrecadaram com outros trabalhos. Já Matthew Finlan (o filho mais velho do casal, Gunnar Albright) não possui um papel de grande destaque, mas parece não querer se esforçar para brilhar, com um personagem “esquecível”.

O longa promete mais do que entrega e se apoia no anterior para garantir sucesso entre o público, que vai atrás de nostalgia e da típica receita do gênero de terror. Órfã 2: A Origem estreia nesta quinta-feira (15) nos cinemas.

Escondam as crianças de casa e seus itens de valor!

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