Dentre tantos filmes de terror disponíveis atualmente, é possível dividi-los entre aqueles que são realmente assustadores – ou tensos, pelo menos; aqueles que não dão tanto medo; e aqueles que são tão ruins que geram vergonha alheia. O Tarô da Morte, nova estreia da Sony Pictures, não consegue fugir do terceiro destino citado.
Na trama, um grupo de amigos encontra um misterioso baralho de tarô em uma casa alugada. Após terem seus destinos lidos com as cartas, eles começam a morrer de acordo com os resultados da leitura.
Mesmo com uma ideia razoavelmente divertida, O Tarô da Morte falha no que se propõe. O filme tenta ser original e criativo, mas entrega um grande remendo de clichês. Também se esforça pra surpreender com plot twists que, quando não são copiados de outros longas, são extremamente previsíveis. E, ao mesmo tempo, tenta apresentar uma vilã marcante, mas que deixa muito a desejar – tanto em coesão quanto em profundidade.
O título também parece não se decidir sobre como apresentar as mortes, visto que ora os personagens são mortos pelas mãos de criaturas malignas, e ora pela manipulação delas, que os leva para seu fim.
Ao optar por realizar a maioria das mortes através da primeira opção, a produção se torna mais um filme genérico de monstruosidades paranormais. Caso tivesse optado pelo segundo caminho – como é o caso da morte mais impactante da história –, é possível que O Tarô da Morte se sobressaísse dentre tantas opções do gênero, quase como um Premonição repaginado, mas não chega nem perto.
Entretanto, indo um pouco além dos erros de escrita e desenvolvimento, é possível entender que um dos poucos acertos da obra é não se levar tão a sério. Para aqueles que procuram um terror B para dar boas risadas e sentir um pouco de vergonha alheia, O Tarô da Morte pode ser a opção certeira. Já para aqueles que buscam um terror para se assustar ou ficar imerso em tensão, infelizmente uma má notícia: as cartas não estão ao seu favor.
