Bebês Geniais? Olha Quem Está Falando? Você já deve ter assistido a filmes com nenês conversando e comportando-se como adultos, mas nunca como se fossem o CEO de uma grande empresa. Estreando nesta quinta-feira (30/03) nos cinemas brasileiros, o longa O Poderoso Chefinho (The Boss Baby, EUA, 2017) parte de uma ideia promissora, porém, não consegue executar o que insinua nos trailers e, com uma história errada e desinteressante, mostra que a DreamWorks Animation (responsável por Shrek, Madagascar e Kung Fu Panda) também é capaz de cometer erros.
Dirigida por Tom McGrath (Megamente), a animação é baseada no livro de Marla Frazee e se propõe a narrar como os bebês estão perdendo a preferência dos adultos para a concorrência, que, neste caso, é representada pela Puppy Co., uma grande fabricante de filhotes de cães. Para evitar que as criancinhas sigam perdendo seu lugar no “mercado”, o Poderoso Chefinho (um recém-nascido vestido de terno que carrega uma maleta) é enviado para a família Templeton, na qual os pais trabalham no departamento de marketing do empreendimento rival.
No entanto, entre essa trama corporativa, a produção aborda os impactos da chegada do Poderoso Chefinho sobre a vida de Tim, o filho de 7 anos do casal, que vê toda a atenção e o afeto de seus pais ser transferida para o novo irmão e executivo em miniatura, e teme ser “demitido” de casa. Deste modo, além de não se concentrar em um tema para trabalha-lo com profundidade, o errático roteiro da produção lançada pela 20th Century Fox insiste em afirmar que o amor pode ser apenas dividido, e não multiplicado (uma mensagem ruim para a criançada, não?).
Apesar das referências à O Senhor dos Anéis e Indiana Jones, a animação manda mal ao colocar bebês contra cãezinhos e não aproveita suas possibilidades para acertar no humor. Caso O Poderoso Chefinho não arrecade nas bilheterias, alguém deve ser convidado a passar no RH…
O Poderoso Chefinho estreia nesta quinta-feira (30/03) nos cinemas.