Mitologia complexa marca estreia de Cavaleiro da Lua

Mitologia complicada marca estreia de Cavaleiro da Lua

Imagine um personagem com transtorno de múltipla personalidade que, além de assumir perfis diferentes a cada momento, também atua o papel de receptáculo de um deus egípcio. Pode parecer difícil de assimilar se você está acostumado com heróis que vestem bandeiras, arremessam martelos ou trajam armaduras brilhantes. Mas, sim, este é o novo protagonista da Marvel Studios na série Cavaleiro da Lua, que chega Disney+ no dia 30.

Conduzida pelos diretores Justin Benson (Synchronic), Mohamed Diab (Cairo 678) e Aaron Moorhead (O Culto), a atração que será composta por 6 episódios de 50min de duração apresenta ao público o atormentado personagem vivido por Oscar Isaac (o Poe Dameron, de Star Wars: O Despertar da Força). Por vezes, o vemos como o tímido funcionário do museu Steve Grant, por outras, somos introduzidos ao perigoso mercenário Marc Spector.

Diferente dos quadrinhos, o programa começa com Steven Grant como personalidade dominante. Sem saber de sua condição, ele acredita sofrer de algum tipo de sonambulismo, fazendo de tudo para não dormir ou não acordar em lugares desconhecidos. Como Marc Spector, o personagem tem seu propósito inicial revelado, que é encontrar um escaravelho dourado capaz de indicar a localização de Ammit, devoradora de almas do Egito antigo.

Confronto divino

Além dessa confusão mental e da ameaça sobrenatural, o protagonista consegue conjurar um traje especial que o transforma em Cavaleiro da Lua – com ganho de força, resistência e alguns apetrechos para combater vilões. Soma-se a isso a presença de Khonshu (F. Murray Abraham, de Homeland), o deus da Lua egípcio, que possui um acordo com Spector e intimida Grant. Numa missão malsucedida de Spector, Khonshu o reviveu para ser seu avatar na Terra.

Do lado dos malvados, Arthur Harrow (Ethan Hawke, de Antes do Amanhecer) lidera um culto sinistro que diz representar os interesses de Ammit. Harrow é capaz de sugar a alma de quem considerar maléfico, assim como a deusa. Em busca do mesmo escaravelho que Spector, o vilão entra em atrito com o Cavaleiro da Lua nos 2 primeiros episódios que assistimos a convite da Marvel Brasil. Sua arma é uma bengala que contém uma fração do poder de Ammit.

Insana, mas familiar

A narrativa da série é intercalada pelas perspectivas de Spector, Grant, Cavaleiro da Lua e, posteriormente, do Senhor da Lua (a versão engravatada do herói). Com isso, a obra imprime o clima de transtorno mental característico do personagem nos gibis. Dessa forma, nem sempre a personalidade mais indicada para cada situação será a dominante no momento, o que rende situações divertidas ou mais tensas. Porém, é assim que o título se faz fiel ao Cavaleiro.

Pela parte de Ammit, Harrow conta que a proposta da deusa é acabar com o mal antes que ele aconteça. Ou seja, é punir antes do crime, um conceito que já vimos em Capitão América: O Soldado Invernal, com o Projeto Insight. E isso dá certo conforto ao espectador, porque apesar de tantos elementos novos a se assimilar, a essência da trama é conhecida: um herói que luta pela liberdade das pessoas. Mas luta mesmo, pois a pancadaria vem num nível superior.

No mais, Cavaleiro da Lua tem trabalho para apresentar um protagonista inédito na Marvel, algo que nenhuma série anterior chegou a fazer sem tabelar com alguma figura conhecida do MCU, mas que tem potencial para render e conquistar o público com o passar dos capítulos. De princípio, vale o destaque para a atuação de Isaac, que vai de alguém vulnerável a um agente implacável em questão de segundos, e de Hawke, na pele de um vilão sorrateiro como uma víbora.

Para saber mais, clique neste link que a gente te conta sobre o Moon Knight nos quadrinhos.

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