Entre brigas e sorrisos, Maxton Hall: O Mundo Entre Nós já deixa claro ao que veio desde o primeiro episódio. Uma história simples, repleta de clichês, mas que sabe utilizá-los de maneira divertida e bem-intencionada. Afinal, há um motivo para serem clichês: eles funcionam, e já funcionaram muitas vezes antes.
A trama acompanha Ruby Bell (Harriet Herbig-Matten), uma jovem de origem humilde que estuda gratuitamente em uma instituição renomada, voltada para a classe mais alta. Após se envolver em uma desavença com James Beaufort (Damian Hardung), o jovem mais popular da escola, a vida dos dois começa a tomar novos rumos.
Com o clichê “de inimigos a amantes”, a nova série do Prime Video desenvolve o romance entre Ruby e James sem pressa. A química entre os protagonistas é clara desde o começo, o que incentiva o público a torcer pelo casal.
Ao longo da curta temporada de seis episódios, diversos outros clichês são colocados na mistura. Dentre eles, pais querendo acabar com o relacionamento dos filhos, desentendimentos e separações, filhos antagonizando os papéis impostos pelos pais, e muitos outros.
Além disso, um dos principais pontos fortes de Maxton Hall é sua despretensão. A série não tenta ser mais do que é realmente é, e se entrega ao romance “água com açúcar” sem ter vergonha disso.
Afinal, nem toda obra audiovisual precisa quebrar paradigmas e reinventar o gênero. Nem toda obra, inclusive, busca atingir a excelência em notas máximas nos portais de crítica especializada. Obras que buscam voltar à zona de conforto, quando bem realizadas, podem ser muito bem-vindas.
A série se mostra, portanto, uma série feita com o intuito de entreter, apenas. Talvez até trazer um suspiro mais profundo aqui e ali, mas nada muito além disso. Aqueles que buscam um romance adolescente bobo – um aconchego numa tarde fria – podem encontrar isso em Maxton Hall.