Trazendo a combinação entre ação, diversão e emoção, a série Máquina Mortífera é uma das pouquíssimas atrações a reproduzir a química (positivamente) bombástica da clássica franquia estrelada por Mel Gibson e Danny Glover. Em sua 2ª temporada, a atração explora ainda mais a relação entre seus protagonistas, a dupla Martin Riggs (Clayne Crawford, de 24 Horas) e Roger Murtaugh (Damon Wayans, de Eu, a Patroa e as Crianças), como também aborda os motivos que os levaram a caminho tão distintos – e, claro, tudo isso em meio a grandes perseguições!
Transmitido no Brasil pelo Warner Channel, o programa do showrunner Matthew Miller (Chuck e The 100) rapidamente soluciona as pendências da primeira temporada e lança a seguinte pergunte: o que vem depois da vingança? Para Riggs, nada mais, nada menos do que acertas as contas com seu passado, especificamente com os traumas de uma infância castigada pela morte da mãe e pelos maus tratos de seu pai, Nathan (Rex Linn, de A Hora do Rush). Contudo, desta vez, Martin tem uma família para motivá-lo a encarar seus fantasmas.
Diferente do ano anterior, quando o personagem tinha caminho livre para sua jornada de autodestruição, Riggs passa a ter em sua vida Molly Hendricks (Kristen Gutoskie, de Containment) – uma amiga da adolescência – e seu filho, o pequeno Ben (Duncan Joiner, de Ursos Sem Curso). Com isso, o principal desafio de Martin Riggs para esta segunda temporada não é “apenas” superar o que lhe aconteceu, como também aceitar que é digno de seguir em frente com uma nova oportunidade de ser feliz, num conflito que perdura até a season finale.
Responsável pela veia cômica da adaptação televisiva de Lethal Weapon, Roger Murtaugh sofre com as tribulações da vida com pai de família, em momentos tensos com a esposa, Trish (Keesha Sharp, de American Crime Story), e os filhos, Riana (Chandler Kinney, de Agente K.C.) e Junior (Dante Brown, de Mr. Robinson), agora mais próximos da fase adulta. Diante da senioridade que está chegando, Murtaugh se vê tentado pela chance de trocar a insanidade das patrulhas nas ruas da Califórnia pela calmaria do trabalho em escritório.
Conforme a trama se desenvolve, figuras como o capitão Brooks Avery (Kevin Rahm, de Madam Secretary), a terapeuta Maureen Cahill (Jordana Brewster, de Velozes e Furiosos) e o legista Bernard Scorsese (Johnathan Fernandez, de Bull) perdem espaço. Desta forma, os 22 episódios da temporada destacam o “time B” formado pelos investigadores Bailey (Michelle Mitchenor, de Last to Love) e o estreante Bowman (Andrew Creer, de Barracuda), além das participações especiais do advogado charlatão Leo Getz (Thomas Lennon, de Eu te Amo, Cara).
Como evidenciado nas redes sociais e noticiário, problemas de conduta e relacionamento de Clayne Crawford com o elenco e membros da produção ocasionaram a demissão do ator, direcionando a temporada a uma conclusão melancólica e amarga, para a tristeza de quem acompanha a série. Para o futuro, Seann William Scott (o Stifler, de American Pie) foi contratado para interpretar Wesley Cole, um parceiro inédito para Roger Murtaugh.