Ladybug faz sucesso com crianças e renova público de super-heróis

Carlos Bazela

Pais e filhos que circulam pelo canal por assinatura Gloob já ouviram a música tema cantada em português de Ladybug, a simpática super-heroína adolescente que se veste de vermelho e preto, como uma joaninha. Mais do que isso, basta uma volta em grandes centros comerciais da cidade para ver bonecos e outros produtos mostrando o sucesso que ela e seu parceiro, Cat Noir, fazem no Brasil como estrelas da animação Miraculous: As Aventuras de Ladybug.

A convite do Gloob, o Boletim Nerd foi conferir dois episódios inéditos da terceira temporada da série animada na tela da Cinemark, o que foi suficiente para percebermos que a animação tem o suficiente para agradar não só às crianças de diversas idades, como também seus pais – principalmente se eles forem fãs do gênero de super-heróis.

Na exibição especial, foram apresentados detalhes da trama que move a série, como as motivações do vilão Hawk Moth e sua obsessão pelos artefatos Miraculous, que conferem poderes aos heróis, e sua ligação com as criaturas Kwami. Em uma dinâmica divertida e romântica, os protagonistas Marinette Dupain-Cheng e Adrien Agreste – que são Ladybug e o Cat Noir, respectivamente –, estudam juntos no colégio, mas um não sabe sobre o alter-ego do outro.

Miraculous chama a atenção pela qualidade gráfica da animação e pela simplicidade, ponto crucial para fazer mesmo quem nunca viu nenhum capítulo se interessar programa. Outro recurso certeiro dos produtores é inserir roteiros que forcem os personagens a revisitar suas origens. Nas histórias que vimos no cinema, acompanhamos novos defensores, Carapaça e Fox Rouge, codinome do casal Nino Lahiffe e Alya Césare; e Queen Bee, a esnobe Chloé Burgeois.

Anime multinacional

De produção francesa, a animação ganha pontos pela originalidade dos personagens, e deixa claras as suas inspirações. O anime Sailor Moon, que muitos dos pais de hoje em dia assistiram quando eram crianças na extinta TV Manchete, é claramente uma. Seja na transformação dos personagens – sem a conotação sexual dos uniformes, que fique claro – e na forma como as histórias geralmente envolem pessoas do entorno da heroína.

Afinal, Hawk Moth usa borboletas negras para transformar pessoas normais em vilões poderosos usando inveja, raiva e outros ressentimentos como canal. E elas são, com frequência, colegas de escola de Marinette, vítimas de bullying e problemas comuns do cotidiano, que acabam aceitando a oportunidade de revidar. Mas, no fim, acabam encontrando outras formas de lidar com as adversidades se livrando dos sentimentos negativos.

Ladybug passa às sextas, às 20h, com reprises de outros anos da série espalhadas pela programação do Gloob.

O jeito como todo o dano é revertido no final em passe de mágica, ainda que bem explicado, também é uma herança dos desenhos japoneses e principalmente dos tokusatsus (como o Jaspion, Changeman e Kamen Rider), talvez devido ao envolvimento da Toei Animation a bordo do projeto como produtora.

E, ao que tudo indica, a obra deve continuar repetindo o sucesso aqui no Brasil. Tanto é que durante sua passagem pela CCXP 2018, Jeremy Zag – um dos produtores do seriado – confirmou um episódio especial de Ladybug ambientado ao Rio de Janeiro com uma heroína brasileira.

A longevidade da série também está garantida, pelo menos pelos próximos dois anos. O canal a cabo Gloob passou a ser coprodutor do desenho, cujas próximas temporadas estão em produção, para a felicidade de crianças e adultos que curtem as histórias de heróis mascarados.

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