A 1ª temporada de Justiça Jovem foi uma ótima surpresa, mesmo quando se sabe da alta qualidade das animações da Warner Bros. com os personagens da DC Comics. Dito isto, se o segundo ano da série mantivesse a régua no ótimo, já estaria de bom tamanho. Porém, os produtores acreditaram no potencial dela e – seguindo o exemplo do que foi feito com os desenhos da Liga da Justiça, que evoluiu para “Liga da Justiça – Sem Limites” – a série dos jovens heróis recebeu um upgrade que culminou em “Justiça Jovem – Invasão”, que também está disponível na Netflix.
Como o próprio nome já antecipa, a Terra está na mira de uma raça alienígena, que planeja uma invasão em larga escala. Contudo, cinco anos e muitas reviravoltas separam esta temporada da anterior. Sendo assim, logo temos um time mais profissional no ofício do heroísmo – incluindo o antigo Robin, agora como Asa Noturna –, mas menos coeso do que na temporada anterior, principalmente no que diz respeito ao ex-casal Superboy e Miss Marte.

Aqualad, Asa Noturna e Artemis repetem o protagonismo da primeira temporada, entretanto, dividem bem o tempo de cena com os novos personagens: Impulso, Batgirl, Lagan, Abelha, Besouro Azul e o novo Robin (Tim Drake). Os reforços quebram um pouco a sensação de família de antes e adicionam novos elementos à trama. Assim como novos mistérios, sendo todos devidamente explicados ao longo dos 20 episódios.
Cancelada, mas renovada
Mistério, aliás, é o mote desse segundo ano, que obriga o público a ver atentamente a toda temporada, que abusa da quantidade maior de personagens para criar uma história mais complexa. E isso aumenta o clima de incerteza sobre possíveis mortes importantes entre um episódio e outro. Bastante parecido com o que os gibis dos Novos Titãs fazem desde a década de 1980 até os dias de hoje.
Ainda mais madura do que a temporada inicial, Justiça Jovem conquistou em sua continuação o posto de unanimidade entre os fãs da DC. Tanto é que, quando seu cancelamento foi anunciado em 2013, começou uma batalha ininterrupta com fóruns, páginas dedicadas e petições online para que o desenho recebesse mais episódios inéditos, sem sucesso. Por um tempo.
A boa notícia veio em 2017, com a confirmação de que a animação seria retomada exatamente do ponto onde parou e transmitida pelo DC Universe, o streaming onde passa o live-action Titãs. Resta agora esperar – e torcer – para que esta terceira temporada também faça parte do catálogo brasileiro da Netflix.
As chances são grandes. Afinal, Titãs é distribuída fora dos Estados Unidos por meio da Netflix. Inclusive aqui.