Tivemos o prazer de acompanhar mais uma temporada de House of the Dragon. Neste segundo ano da série, a história, que antecede os eventos de Game of Thrones, mais uma vez se preocupar em fundamentar a vindoura guerra entre Pretos e Verdes. Esta dedicação em encaminhar o enredo para o que promete ser o seu ápice pode ter decepcionado alguns, mas fato é que o seriado entregou muito no que se refere ao desenvolvimento de personagens e da narrativa em si.
Abaixo, confira o review completo:
Rhaenyra e os bastardos
Se na primeira temporada a sensação foi de derrota, a rainha legítima finalmente encontrou esperanças para encarar o conselho dos Verdes, que tem a gigantesca Vhagar como principal trunfo. Nos 8 episódios desta 2ª temporada, a Rhaenyra (Emma D’Arcy) procura recuperar o trono de um jeito inusitado: democratizando o direito do povo em reivindicar um dragão.
Dessa forma, é possível enxergar no reinado de Rhaenyra os estandartes da igualdade e justiça, uma vez que o lado dos Pretos declaradamente abraça a diversidade como sua força. Enquanto isso, os Verdes, vistos como antagonistas, agarram-se à pureza de seu sangue para governar. Ou seja, um duelo ideológico que pode até se estender para as redes sociais.
Neste núcleo, destaque para Addam de Casco (Clinton Liberty), Hugh (Kieran Bew) e Ulf (Tom Bennett), que ascendem como novos montadores de dragões. Se estarão à altura do desafio ou sucumbirão ao poder recém alcançado, só a terceira temporada (já confirmada) poderá dizer… ou a leitura de Fogo & Sangue, de George R. R. Martin.
Daemon e os fantasmas
Daemon Targaryen (Matt Smith), que deveria ser o braço direito de Rhaenyra e certamente teria muito a dizer sobre os bastardos, não participa de nada disso. No capítulo inicial, embora o conflito esteja claro, é Daemon quem provoca os Verdes ao conduzir uma missão que acaba no assassinato de um dos filhos bebês do rei Aegon II (Tom Glynn-Carney). A guerra fica mais acirrada a partir disso, claro.
Porém, em vez de arcar com suas ações, o irmão de Viserys Targaryen decide advogar em causa própria em sua ida para Harrenhal. O castelo mal-assombrado em Riverlands, por sua vez, se mostra a punição que Daemon vinha merecendo. A cada noite lá, o domador de Caraxes tem sua sanidade testada por visões sobre Viserys, a jovem Rhaenyra e com sua própria mãe, Alyssa Targaryen (Emeline Lambert).
O esforço para conseguir aliados e se firmar com um terceiro interessado pelo trono, bem como uma epifania bem familiar, lhe coloca em um caminho mais humilde, se isso for possível. Destaque para a bruxa Alys Rivers (Gayle Rankin), que faz tudo acontecer.
Verdes e o Trono de Ferro
Se os Verdes celebraram a tomada do trono na 1ª temporada, lidar com isso neste segundo ano foi um problema. Nos novos episódios, o reinado se divide entre Aegon II e seu irmão, Aemond (Ewan Mitchell). Com traumas do tamanho de Vhagar, Aemond põe em prática toda a crueldade que sabíamos de que ele é capaz, sem poupar nem mesmo seus familiares mais próximos. Mas, por pior que seja, Aemond é uma das principais peças no tabuleiro de House of the Dragon.
Vendo o legado de Viserys se esfacelando, Alicent (Olivia Cooke) se coloca numa posição inesperada. Ao buscar pelo que restou de sua amizade com Rhaenyra, a antiga rainha pode encontrar sua redenção. No entanto, se tem algo que aprendemos, é que não devemos acreditar em lealdade no universo de GoT.
Por fim, o oitavo episódio pode não ter entregue toda a ação esperada, mas deixou tudo engatilhado para a seguinte.
E você? O que achou desta temporada de HOTD? Nos conte nos comentários!
E não deixe de conferir os episódios comentados.