Gundam: Iron Blooded Orphans é teste para emocional

Carlos Bazela
Gundam: Iron Blooded Orphans é teste para emocional

Entre as linhas do tempo paralelas da franquia Gundam, que a gente já falou mais aqui, uma que merece destaque é Mobile Suit Gundam: Iron Blooded Orphans, ou, simplesmente, Gundam IBO. Lançada em 2015 e com suas duas temporadas disponíveis tanto no Crunchyroll quanto na Netflix, o anime tem uma carga emocional elevada, que só não supera as impactantes e violentas cenas de combate entre os mechas.

Na história, que se passa mais de 300 anos após o conflito ao qual todos chamam de “Guerra da Calamidade”, acompanhamos um terraformado planeta Marte, que ainda depende da Terra economicamente. Mudar essa realidade é o plano da aristocrata marciana Kudelia Aina Bernstein, que contrata a Chryse Guard Security (CGS) para escoltá-la ao planeta e iniciar as negociações.

Contudo, um planeta independente não é interessante para a Gjallarhorn, a organização militar composta por famílias nobres e com forte poder político no governo da Terra. A milícia, então empreende violento ataque em solo marciano, que só não termina com a morte de Kudelia pela bravura dos adolescentes órfãos que fazem parte da força de segurança da CGS e pela interferência de um deles, Mikazuki Augus, no comando do Gundam Barbatos, uma máquina lendária da antiga guerra.

Fundação da Tekkadan

O conflito é a oportunidade perfeita para Orga Itsuka, o líder dos jovens, incitar uma revolta contra os adultos que chefiam a CGS e tratam os soldados órfãos em regime semelhante ao da escravidão.

Ao rebatizar a empresa de Tekkadan, Orga decide horar o contrato de trazer a moça para a Terra e começa a criar seus laços com as organizações de comércio e com o submundo que manda no espaço. Mas, ele vai descobrir que desafiar os poderosos tendo nas mãos audácia, pilotos hábeis, e alguns Gundams pode não ser uma boa ideia.

Em meio a demônios

A fama dos Gundams, que recebem o nome pelo nome do material que compõe o chassi dessas máquinas antigas, não é para menos. Criados originalmente pela Gjallarhorn, cada um deles recebe um nome de um dos Demônios da Goetia, mencionados na Clavícula de Salomão, um livro que, teoricamente explicaria que a sabedoria do rei bíblico viria de sua habilidade em evocar e aprisionar demônios. O tomo ainda ensinaria como realizar esses rituais.

Mas, não há nada de sobrenatural nas máquinas da série. Aliás, tanto em design quanto em armamentos, “Iron Blooded Orphans” traz os robôs mais pé no chão da franquia, que abrem mão das armas laser de outros animes para adotar munições projéteis e armas brancas das mais variadas.

Outro ponto interessante é a interface que comanda os Gundams: o sistema Alaya-Vijnana. Trata-se de um doloroso implante na coluna, feito cirurgicamente, que unifica pilotos e robôs pelo sistema nervoso, permitindo proezas a bordo das maquinas, mas ao custo físico e mental de quem pilota.

Trama de peso

Com uma história bastante política e uma visão pessimista da sociedade, abordando escravidão e o uso de órfãos como soldados, ‘Iron Blooded Oprhans’ exige estômago e sangue frio do espectador. Incluindo momentos que não agregam à trama e parecem colocados apenas para emocionar quem assiste.

Porém, ser pesado não anula o fato do anime ser uma experiência espetacular e de final bastante digno, o que é bem importante, principalmente quando falamos de animes.

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