Fúria Explosiva traz Titãs em fogo cruzado social

Carlos Bazela
Fúria Explosiva traz Titãs em fogo cruzado social

No decorrer dos anos – e de diversas formações – os Titãs enfrentaram muitos inimigos. Entre os mais populares, estão o Exterminador, a Colmeia e o Quinteto Mortal. Mas, quando os mais e os menos favorecidos de São Francisco entram em rota de colisão, o jovem grupo da DC começa a se questionar se está do lado certo. Principalmente quando dois ex-colegas de equipe são os responsáveis por inflamar as multidões.

Esse é o mote de Fúria Explosiva, encadernado publicado aqui pela Panini e com histórias escritas por Dan Jurgens, desenhos de Scott Eaton e arte-final de Wayne Faucher. “Histórias”, no plural, porque o volume é composto por três contos independentes feitos pelos três autores.

Contudo, a trama que apresenta a HQ é a mais profunda do trio. Não só por obrigar Robin (Tim Drake), Estelar, Mutano e Ravena a enfrentar os veteranos Rapina e Columba e entender os motivos que os levaram a dividir a cidade californiana em dois lados – que saem para o duelo nas ruas. Mas, alguém do passado de Mutano com a Patrulha do Destino pode ter algo a ver com o que está acontecendo.

Trama acima do tom

Um dos acertos da história é justamente trazer pontos bem fundamentados para o time que acredita que há poucos abastados sugando todas as riquezas para si, enquanto estes, por sua vez, acreditam na meritocracia como consequência da sua ascensão social. Entretanto, Jurgens alivia a mão na política para manter a duração do conto em poucas páginas e ainda entregar a ação que um leitor dos Titãs exige.

Outro ponto muito feliz do roteiro é, mais uma vez, colocar os heróis adolescentes em uma aventura de tom mais pesado, algo que a série de TV e a animação Young Justice também herdaram. Já na arte, ponto para Eaton e Faucher pela linearidade gráfica, principalmente na variedade de transformações animais do Mutano e nos ataques arcanos da Ravena.

Para todos os gostos

Embora tenha a história do duelo social de São Francisco como carro-chefe, Fúria Explosiva abre com um conto dos Titãs enfrentando a Colmeia e um novo vilão, o Disruptor, que está a serviço do grupo criminoso. Aqui, chama a atenção a química do time que, mesmo com membros veteranos no heroísmo, parece recém-unida, com abundância de erros que, muitas vezes os deixam à mercê não só do antagonista novato, como dos velhos conhecidos que já foram o Quinteto Mortal: Chip, Mamute, Cintila e Psimon.

A HQ se encerra com uma história que explora o lado mais cósmico dos jovens heróis, quando Robin, Mutano e Ravena vão ao espaço para resgatar a Estelar, enquanto ela luta até a morte em uma arena com Mongul, um dos vilões clássicos da DC.

Assim, em um mix que reúne abordagens diferentes para o jovens heróis, Titãs: Fúria Explosiva é um encadernado excelente tanto para leitores veteranos, quanto para quem está a fim de saber mais sobre a equipe como preparação para a estreia da nova temporada da série de TV (saiba mais).

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