Em Rambo: Até o Fim, emoção bate tão forte quanto Sylvester Stallone

Veterano em filmes de ação, Sylvester Stallone já preparou sua aposentaria da franquia “Rocky” – com o lançamento do spin-off “Creed” – e agora retorna para os cinemas para se despedir de outro personagem marcante em sua carreira: o soldado John Rambo. Distribuído pela Imagem Filmes, o longa intitulado Rambo: Até o Fim (Rambo: Last Blood, EUA, 2019) e estrelado pelo ator de 73 anos aposta em uma abordagem mais saudosa e emotiva, que ainda entrega 1h29 da mais extrema violência – respeitando o histórico da saga.

Na história desenvolvida pelos escritores Matthew Cirulnick (Absentia), Dan Gordon (Passageiro 57) em conjunto com o próprio Stallone, Rambo é apresentado vivendo em uma fazenda com sua amiga, Maria Beltran (Adriana Barraza, de Os 33), e a neta dela, Gabrielle (Yvette Monreal, de Faking It). Porém, os dias de tranquilidade de Rambo são interrompidos quando Gabrielle é envolvida no esquema de prostituição de um cartel mexicano, durante viagem para encontrar o pai. É então que Rambo começa sua última missão…

Rambo é atormentado por lembranças das pessoas que não pôde salvar. (Foto: Imagem Filmes)

Contra a facção dos irmãos Hugo (Sergio Peris-Mencheta, de Snowfall) e Victor Martinez (Óscar Jaenada, de Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas), o protagonista não encontra qualquer facilidade e, por isso, procura a ajuda da repórter investigativa Carmen Delgado (Paz Vega, de The OA), além de seu bom e velho instinto de sobrevivência adquirido desde a Guerra do Vietnã. Sem rumos óbvios, a narrativa se desenrola de forma inesperada e chocante, que, a seu modo, oferece uma dose cavalar de realismo.

Para quem sente falta de grandes filmes de ação, Rambo: Até o Fim traz toda nostalgia de uma produção com Stallone e um senso de humor politicamente incorreto, como exibido nos 30 minutos finais do quinto episódio da série – quando vemos uma espécie de “Esqueceram de Mim” protagonizada por um brutamontes vingativo (e isso é bom!). Com vasto repertório para golpes, armadilhas e execuções, o título diverte e surpreende pela crueldade com que Rambo enfrenta seus inimigos – beirando o pastelão em algumas cenas.

Em cartaz no Brasil desde 19 de setembro, a obra é entretenimento essencial para o cinéfilo em busca de adrenalina e ótimas sequências de pancadaria, assim como a despedida de um icônico personagem.

Next Post

Respeito: Tina luta contra assédio em nova HQ

Quando a sinopse da Graphic MSP da Tina foi divulgada, já sabíamos que ela viria com um tema importante: o assédio. Na capa, criada por Fefê Torquato, que assina toda a arte e roteiro, a personagem aparece com uma mão espalmada, semblante sério e a outra em um punho serrado, […]