Sem tanto alarde assim, a nova produção da Disney e Pixar chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (19). Elio é aquele tipo de animação cheia de carisma que se espera dos estúdios que já brindaram com Toy Story (1995) e Divertida Mente (2015), mas sem seguir um padrão engessado. Por isso, o longa convida o público a uma jornada espacial imprevisível a cada cena.
Dirigido por Adrian Molina (Viva: A Vida é uma Festa), Madeline Sharafian (Ursos Sem Curso) e Domee Shi (Red: Crescer é uma Fera), o título nos apresenta a Elio Solis (Yonas Kibreab), um garotinho que, após ficar órfão, vai morar com sua tia, Olga (Zoe Saldaña), próximo à base militar que na qual ela serve. Desde pequeno, o protagonista tem curiosidade sobre os mistérios além das estrelas. Enquanto busca sinais pela galáxia afora, Elio se pergunta se a humanidade está tão sozinha no universo quanto ele se sente na Terra.
A perda dos pais e seu gosto por aventuras fazem com que o menino lide com a solidão, mesmo tendo a companhia e toda a paciência de sua tia. Afinal, é ela quem segura as pontas diante das travessuras de Elio. O peso emocional aumenta quando você percebe que o personagem-título começa a história sem o tapa-olho que passa a usar depois…
Ficção científica séria
O filme Elio traz uma vibe que lembra produções como Stranger Things, quando crianças curiosas têm contato com o desconhecido em uma cidade pequena.
Sendo assim, comprovada a existência de vida extraterreste, o protagonista arrisca tudo para garantir seu espaço como embaixador da Terra no chamado Comuniverso (que abriga as espécies mais evoluídas). Para tanto, Elio acaba incumbido de negociar a paz com o Lord Grigon (Brad Garrett), um tirano que decide se vingar do conselho após ter sua entrada rejeitada.
Fofura fora do padrão
Parte importante da narrativa é a inclusão de Glordon (Remy Edgerly), o filho de Grigo, que surge para se tornar amigo de Elio. Apesar das aparências tão diferentes, os dois desenvolvem uma parceria que nem a ameaça de uma guerra é capaz de abalar. Com isso, a trama deixa o sentimento triste de isolamento para trás e caminha em direção à alegria única que só uma amizade verdadeira pode trazer.
No fim das contas, Elio debate pertencimento com propriedade e passa longe de uma experiência genérica.