Desespero Profundo: suspense rende boas risadas

Sally Borges
Desespero Profundo: suspense que rende boas risadas
Diamond Films

Desespero Profundo não pode ser apreciado por todos os públicos. Distribuído pela Diamond Films, o longa, que chega nesta quinta-feira (7) aos cinemas, te leva a 90 min de puro caos no ar e, em seguida, na água. Ou seja, nada agradável para aqueles com aerofobia e talassofobia, medo de aviões e águas profundas, respectivamente. Ainda assim, as risadas – e até lágrimas! – estão garantidas.

Sobre a trama

O filme, dirigido por Claudio Fäh (A Saga Viking), apresenta histórias de diversos personagens, que se unem em um voo com destino a Cabo San Lucas. Embora o foco seja em Ava (Sophie McIntosh), todos os outros têm seus destinos entrelaçados após o avião em que viajavam cair no Oceano Pacífico.

Depois do terrível acidente aéreo, eles ainda precisam correr em busca da sobrevivência no fundo do mar e em meio a tubarões famintos.

Personagens carismáticos

Enquanto Jed (Jeremias Amoore) é o mais pessimista entre os sobreviventes, a jovem principal, filha de um governador, exala positividade e tenta reverter a situação desesperadora a todo custo. Sem spoilers, há ainda personagens que se destacam por sua empatia, cuidado para com os outros, afeto familiar e até mesmo arrogância.

Cada um deles nos prende de uma forma única, e nos faz torcer para que eles saiam ilesos ou até mortos – por que não? – daquela situação. Eles também têm um pouco de suas histórias aprofundadas a partir dos diálogos.

Entre o cômico e a emoção

Diálogos, aliás, que nos promovem emoções e boas risadas. Apesar de ser um suspense, as falas e algumas cenas – como o instante em que a cauda de um tubarão bate no rosto da protagonista e a angústia (engraçadíssima) pela supervivência de um mergulhador – deixam boa parte do filme mais leve e amenizam a falta de fôlego a cada instante debaixo d’água.

Não tem quem fique, no mínimo, incomodado com a tensão do momento.

Efeitos especiais péssimos

Mas quem não aguentou e ficou mesmo sem fôlego durante toda a produção foi o responsável pelos efeitos visuais. As cenas que mostram a queda do avião até passam batido, mas nada justifica um braço de má qualidade boiando no fundo do oceano após a refeição de um tubarão.

Não convenceu, assim como a equipe de maquiagem, que não soube aproveitar de técnicas para deixar tudo o mais verdadeiro possível.

Desespero Profundo peca em alguns pontos, mas não o suficiente para você não deixar de se divertir em uma tarde livre.

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