Cyberpunk 2077: o impacto na ascensão do Metaverso

Cyberpunk 2077: o impacto na ascensão do Metaverso

Na última semana, a Warner Bros. Games, em parceria com a WSGN, realizou uma apresentação sobre Cyberpunk 2077 e os impactos que a cultura explorada no jogo tem na sociedade atual.

O termo “Cyberpunk” apareceu pela primeira vez na obra de ficção científica “ Snow Crash”, de Neal Stephenson, apresentando todas as características que normalmente estão atreladas a histórias distópicas futuristas, como tecnologia profundamente atrelada à vida cotidiana dos personagens – isto é, implantes cibernéticos, armas de alta precisão e veículos futuristas ambientadas em cidades sombrias e marginalizadas, iluminadas com ofuscantes luzes neon.

Em Cyberpunk 2077, vemos tudo isso. Ambientado na marginalizada Night City, o game da CD Projekt Red – mesmo tendo sido lançado no final de 2020 – levou aproximadamente 10 anos para enfim chegar aos consoles da nova geração, tendo seu desenvolvimento adaptado e incorporado a toda evolução tecnológica desta década.

Ficção de olho no futuro

Quando se fala em obras de ficção científica, o maior atrativo do gênero são as diversas inovações tecnológicas que essas histórias apresentam. Skates flutuantes, carros voadores, transplantes cibernéticos e armas laser permeiam o imaginário dos fãs, fazendo com que a ficção seja vista como um espelho premunitivo das tecnologias futuristas para o século XXI.

E, com a chegada dos novos tempos, muitas das maravilhas tecnológicas imaginadas pelos autores do século XX não se realizaram – ao menos não da forma como imaginavam. Principalmente após o distanciamento social causado pela pandemia de Covid-19, o chamado Metaverso ganhou forte presença na vida cotidiana popular.

O Metaverso trata-se de um mundo todo construído digitalmente, em que os usuários têm liberdade de imersão simulando um ambiente real, como os games de mundo aberto que permitem interações entre usuários – temos o próprio Cyberpunk 2077 como exemplo –, que trazem um sentido de imersão ainda maior à suas narrativas.

Esses “meta-ambientes” evoluíram a tal ponto que atualmente estão abrangendo esferas além dos games, com grandes empresas investindo nesta tendência para divulgar produtos e assim atingir um novo grupo de consumidores. A marca de moda Balenciaga recentemente divulgou peças de seus lançamentos no Roblox, enquanto diversos shows virtuais têm promovidos no game Fortnite.

A ideia de imersividade e autonomia dentro de um ambiente digital não é algo nascido nos anos de isolamento, como provam obras como o livro “Jogador Nº 1” e jogos como GTA e The Sims (que flertavam com essa ideia desde o começo deste século).

Estudo da WGSN

A empresa de consultoria especializada em prever tendências mercadológicas se focou em 8 pontos fundamentais de como os reflexos da cultura Cyberpunk está agindo e gerando incerteza entre relações digitais e físicas.

Segundo a empresa de Mindset, conforme mais usuários aderem às tendências do Metaverso, maiores as oportunidades de publicidade para as marcas explorarem, com lançamentos de novos produtos nas plataformas digitais e de maneira sustentável – principalmente as marcas de moda, que têm a possibilidade de criar peças para avatares e alcançar mais consumidores.

Aliado ao mundo das redes sociais, o uso de influenciadores digitais tem sido aplicado para aumentar o engajamento e a promoção de produtos entre os clientes, além de criar um vínculo mais próximo entre empresa e público.

À medida que a possibilidade de alcançar novas pessoas aumenta nos ambientes virtuais, a capacidade de moldar a própria imagem e adaptá-la para os meios digitais cresce igualment, com o uso de filtros e modelagens 3D para transportar a imagem física de alguém ao mundo digital. Isso também possibilita experiências imersivas no âmbito digital, que antes só eram possíveis na vida real.

Outra coisa que era difícil de imaginar nos meios digitais é a ideia de posse, tanto de informações como de bens propriamente ditos. Agora, por meios da tecnologia de NFTs (Non-Fungible Tokens), que possuem uma assinatura criptografada que só o dono possui, surge um bem completamente digital.

Enquanto a tecnologia avança cada vez mais, seu papel se torna uma parte essencial da vida cotidiana, mesclando os mundos digital e físico de maneira natural.

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