Uma produção nacional, Coisa Mais Linda é a nova série original do catálogo Netflix. Desenvolvida por Giuliano Cedroni (Copa Hotel) e Heather Roth (I Was a Greenhouse), a atração chega com 7 episódios, de aproximadamente 43 minutos de duração, contando a história de um grupo de mulheres que, apesar de lidar com questões sérias, como machismo, violência doméstica e o julgamento da sociedade, decide se unir com o objetivo de reconstruir suas vidas fundando e gerenciando uma casa de apresentações musicais no Rio de Janeiro de 1959.
A atração introduz Maria Luiza (Maria Casadevall, de Os Dias Eram Assim) – paulistana que se muda para a cidade maravilhosa para abrir um restaurante com seu marido, mas que logo descobre que ele a abandonou e levou o dinheiro –, Lígia (Fernanda Vasconcellos, de 3%) – amiga de infância de Malú, que é reprimida pelo seu parceiro por querer se tornar cantora –, Adélia (Pathy Dejesus, de Os Mutantes) – uma carioca negra e trabalhadora, vítima de preconceito –, e Thereza (Mel Lisboa, de Pacto de Sangue) – uma jornalista de ideias modernas.
Os caminhos das personagens se cruzam quando, à medida que sofrem com a opressão, violência e condições impostas pela opinião pública, as moças resolvem se tornar as protagonistas de suas histórias, buscando coisas que nenhum homem lhes poderia oferecer: independência financeira, realização profissional e liberdade para fazer o que quiserem. Embora cause impacto em cenas de violência e abuso, o seriado consegue superar esses momentos difíceis ao mostrar a união e força do quarteto de jovens a cada uma de suas conquistas.
Sempre ao ritmo de Bossa Nova, Coisa Mais Linda sensibiliza por abordar situações que, infelizmente, se repetem há décadas no Brasil, mas encanta ao retratar como as mulheres são capazes de dar a volta por cima por conta própria, apesar de qualquer dificuldade.