Carisma e capricho marcam início de ‘One Piece: A Série’

One Piece: a série live-action ganha trailer oficial

Seja você um marinheiro de primeira viagem ou um pirata mais veterano, deve ter visto que a Netflix preparou uma adaptação de um grande sucesso dos mangás e animes. Sim, os Chapéus de Palha criados por Eiichiro Oda ganharam versão em live-action com One Piece: A Série, que estreia com sua 1ª temporada nesta quinta-feira (31) no streaming. Alguns dias antes do lançamento, tive a oportunidade de conferir ao capítulo inicial em primeira mão, graças ao muito gentil convite da Netflix.

Com pouco mais de 1h de duração, o episódio piloto do seriado entregou de cara um começo mais fluido da saga de Luffy D. Monkey (Iñaki Godoy, de Quem Matou Sara?) para se tornar o Rei dos Piratas. Dinâmica e cativante, a produção criada por Steven Maeda (Lost) e Matt Owens (Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.) mostra o protagonista já no começo de sua jornada, contextualizada por flashbacks pontuais – com Shanks (Peter Gadiot, de A Rainha do Sul), um capitão pirata.

Primeiro desafio

Além da questão básica que é sobreviver em alto mar sem saber nadar, Luffy tem na cruel Alvida (Ilia Isorelýs Paulino, de A Vida Sexual das Universitárias) sua primeira adversária. Então, o duelo é a oportunidade perfeita que a série tem para apresentar a aura positiva do herói e seus superpoderes elásticos. É o suficiente para gerar carisma pelo personagem, principalmente em sua dinâmica com o inseguro Koby (Morgan Davies, de A Morte do Demônio: A Ascensão).

Esse trecho do episódio também supera um desafio esperado para ‘One Piece: A Série’, que é: capacidade de reproduzir a experiência do anime. Na prática, o tom épico é mantido, com cenários e embarcações grandiosas, bem como efeitos visuais de qualidade à altura das expectativas.

Nadando de braçada

É bem verdade que o conteúdo da história não tem como ser novidade. Porém, a forma como o enredo se desenvolve chama atenção. Atualmente, One Piece (no anime) possui mais de mil episódios, que permitiram a construção de mitologia e relações entre cada personagem. No que pude ver, as introduções da ladra Nami (Emily Rudd, de Hunters) e de Roronoa Zoro (Mackenyu, de Samurai X: O Final), o caçador de piratas, foram feitas de maneira natural e coerente, no timing correto.

A química, o humor e a interação de uma equipe forçada a se unir a contragosto para superar problemas que não conseguiriam sozinhos. Um desses problemas é o marinheiro casca-grossa Morgan Mão de Machado (Langley Kirkwood, de Warrior). Nesta luta, e alguns momentos antes, a atração deixa clara sua pegada adulta, trazendo cenas de nudez e violência extrema. Ou seja, por mais simpática que pareça, também leva a sério aquilo que está fazendo.

Ao final, saí da sessão convencido a continuar a maratona, mergulhando no universo de One Piece, por esse início promissor.

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