Após encerrar sua saga em “Venom“, Tom Hardy voltou a protagonizar um filme, mas não para os cinemas. Disponível na Netflix, Caos e Destruição é um suspense policial, que aposta suas fichas numa trama repleta de ação e violência extrema. Tudo começa quando um roubo de drogas dá errado e o submundo do crime aponta suas armas para o filho do prefeito de Nova York.
Com roteiro e direção de Gareth Evans (Gangs of London), o longa tem o tira Walker (Hardy) atuando em uma área cinzenta da lei. Após insinuar ter feito trabalhos de moral flexível, ele é chamado pelo político Lawrence Beaumont (Forest Whitaker) para uma missão de resgaste no meio de uma cidade em guerra. Acontece que o filho de Beaumont, Charlie (Justin Cornwell), se envolveu num assalto que terminou na morte de um policial. A carga roubada gerou tensões, culminando numa massacre em uma boate.
Linhas borradas
Em sua 1h47 de duração, o título tem em Walker uma figura complexa. Em sua cruzada não tão altruísta, o protagonista lida com o jovem em fuga, bem como a máfia chinesa e um grupo de policiais corruptos liderados por Vincent (Timothy Olyphant). A Mãe (Yeo Yann Yann), líder da Tríade, teve seu filho chacinado no clube noturno e caminha pela cidade como um força destrutiva da natureza, atacando até mesmo o prefeito. No fim das contas, parece que todo mundo se conhece de certa forma.
Última esperança
O longa é para quem tem muita tolerância à violência gráfica – há mortes e agressões de inúmeros jeitos durante cenas inteiras. Neste cenário de “caos e destruição”, a maioria dos personagens parece descartável. Porém, se sobressai a também oficial Ellie (Jessie Mei Li), sendo a metade confiável na dupla que faz com Walker. A jovem funciona como a bússola moral da trama, mostrando que, mesmo diante de tanta sujeira e sangue, ainda há alguém incapaz de dobrar seus valores morais.
Por fim, a produção entrega uma experiência de ação frenética, mas com uma história não muito original. Funciona se você estiver especificamente à procura de um thriller policial.