Na última sexta-feira (30), foi lançada a beta fechada de Call of Duty: Black Ops 6, o mais novo título da franquia. Jogadores que fizeram a pré-compra, assinantes do Xbox Game Pass ou aqueles com um código de acesso puderam ter um gostinho do que está por vir no lançamento completo, marcado para 25 de outubro.
Com a nova movimentação “omnimovement”, o ritmo deverá ser mais caótico do que nunca, o que pode agradar muitos, mas também traz algumas preocupações para outros.
É importante lembrar que se trata apenas de uma beta do jogo, que terá uma outra etapa neste final de semana. Até a versão final, muito pode melhorar, principalmente baseando-se no feedback que os desenvolvedores receberão nos próximos dias.
Omnimovement: mais liberdade, mas com ajustes necessários
A mecânica omnimovement permite que o jogador corra em qualquer direção — para frente, para os lados ou para trás — e também execute um ‘mergulho’ em qualquer direção, aumentando a liberdade de movimentação.
Será possível mergulhar ou deslizar, dependendo do ritmo que o personagem está correndo. Apesar dessas duas movimentações serem bem-vindas, ainda me parece um pouco confuso quando faço uma ação ou outra, o que já me deixou na mão algumas vezes. Contudo, o jogo me permite escolher entre somente uma alteração ou outra caso queira.
Como mencionei acima, a nova movimentação também deixa o ritmo mais rápido do que nunca, o que impacta em alguns aspectos. O principal deles, é na questão dos spawns, quando você nasce após morrer para um adversário. Essa parte precisa de muito polimento extra significativo, pois diversas vezes é possível nascer e já estar no meio de outra troca de tiros, sem entender o que está acontecendo.
Em outros momentos, o personagem spawna somente em um ponto do mapa por muito tempo, o que facilita aos adversários a praticarem o famoso “spawn trap”, dificultando uma reação. Os devs da Treyarch precisarão colocar um esforço extra para deixar essa parte do jogo decente.
Map design pode ser o culpado?
Parte da culpa dos spawns também se deve ao map design. Conforme a Treyarch destacou em um evento recente da franquia com influencers que tiveram acesso ao jogo, o objetivo do BO6 foi trazer mapas totalmente novos e, principalmente, com tamanhos mais compactos. A intenção foi seguir o famoso esquema de mapas “três linhas” que a desenvolvedora já mostrou fazer tão bem. Porém, a execução para este game parece ter sido um pouco atrapalhada.
Tivemos acesso a quatro mapas 6v6 na beta: Derelict, Scud, Skyline e Rewind. Todos são relativamente pequenos e traz um gameplay muito rápido e caótico. Por vezes, é difícil saber onde o inimigo está ou onde está nascendo. Frequentemente, você se depara tomando tiro de dois ou mais adversários de lados diferentes.
Muitos jogadores gostam de uma gameplay mais corrida e frenética, mas esse estilo também eleva o nível de entrada para jogadores iniciantes, que podem não se adaptar tão facilmente com essa velocidade. Em CODs antigos, é possível jogar de forma mais cadenciada e estratégica. Na beta que tivemos a oportunidade de experimentar, parece que o jogador é punido por fazer isso, pois sempre terá um inimigo nas suas costas.
Apesar disso, outro aspecto importante do jogo é o “time to kill”, ou o tempo que leva para um jogador matar o outro. Diferente de seus antecessores recentes, esse ponto parece ter alcançado um equilíbrio, já que é possível eliminar com certa rapidez, mas ainda permite que o inimigo consiga reagir ou fugir de alguma forma.
Aspectos ainda quebrados, mas fáceis de arrumar
Essa versão beta do Call of Duty: Black Ops 6 trouxe uma quantidade bem reduzida de armas, perks, granadas, entre outros apetrechos. No geral, o “feeling” das armas está muito bom, embora uma arma tenha se destacado (até demais) no jogo: Jackal PDW. Essa SMG precisa ser nerfada, principalmente para a Open Beta que ocorrerá neste final de semana.
A quantidade de attachments nas armas está satisfatória em BO6. Diferente do MWIII, é fácil se localizar para selecionar uma melhoria para o seu rifle ou sua sniper, além de realmente trazer melhorias muito significativas. Isso permite que o jogador faça uma versão que se sinta à vontade para jogar, sem perder horas testando todos os modelos que existem.
Outro aspecto importante a se destacar desse COD é o som. Embora tenha alguns pontos positivos, como o som das armas, é difícil conseguir perceber os passos do adversário. Por vezes, determinados barulhos se sobressaem muito mais na gameplay e prejudicam a percepção do jogador de onde está vindo aquele ruído. Isso intensifica a questão que citei mais cedo, de que, às vezes, é difícil saber onde o inimigo está.
As questões de armas descalibradas, ou chamadas de meta, e sonorização confusa são problemas que os desenvolvedores conseguem resolver com certa facilidade. Vamos esperar que tenham capacidade para arrumar até, pelo menos, o lançamento oficial.
Call of Duty: Black Ops 6 Open Beta
Entre os dias 6 e 9 de setembro, a beta do modo multiplayer de Call of Duty: Black Ops 6 será aberta ao público, ou seja, qualquer um poderá ter acesso ao game e testá-lo por conta própria. Experimente o jogo por si só e perceba o quão rápido ficou.
O game estará disponível tanto para os consoles mais modernos, como PlayStation 5 e Xbox Series X|S, como para os mais antigos, como PlayStation 4 e Xbox One, além do tradicional PC.