A aguardada sequência do longa lançado em 2009 se preocupa tanto em expandir o microuniverso de Pandora – idealizado por James Cameron – quanto em desenvolver sua narrativa de colonização espacial. Por estreado em meados de 2009, o principal artifício que transformou Avatar num clássico da ficção científica foi sem dúvida sua impressionante tecnologia.
Os visuais espetaculares de Pandora em 3D, junto das criaturas exuberantes que habitam o planeta e da riqueza em detalhes da criação de Cameron, geraram grande expectativa durantes esses 14 anos entre o primeiro filme e Avatar: O Caminho da Água.
Com a estreia nas telonas, vale dizer que toda a espera valeu a pena.
Colonização espacial
Após Jake Sully (Sam Worthington) e Ney’Tiri (Zoe Saldana) derrotarem o General Quaritch (Stephen Lang) no primeiro filme, o vilão volta como Avatar para ameaçar a família do casal, caçando-os e atacando a tribo da floresta.
Temendo pela segurança do povo da floresta, a família Sully, então, foge para o mais distante possível de Quaritch, buscando abrigo com a tribo da água, livremente inspirada nas tribos Maori da Nova Zelândia.
Ainda que a vingança de Quaritch seja o que move a trama, o aspecto da colonização de Pandora e a presença nociva da raça humana naquele ambiente ainda são parte fundamental da mensagem que o longa passa.
Como criaturas profundamente ligadas à fauna e flora de Pandora, a natureza e a pegada ecológica gerada pela intervenção humana são parte fundamental tanto da trama quanto da mensagem de conscientização sobre o impacto das ações do homem.
Novos personagens
Ao passo em que a intenção de James Cameron é expandir o mundo de Pandora, os novos personagens que compõem a história servem tanto para criar um elo entre o primeiro e o segundo filme, como abrem margem para as próximas histórias.
Com as já anunciadas sequências, é fato que a franquia ‘Avatar’ irá durar por alguns bons anos nos cinemas, e muito desse provável sucesso futuro passa pelos personagens que já tomam a narrativa para si em ‘O Caminho da Água’.
Se o primeiro filme foi sobre Jake Sully e Ney´Tiri, a ação da sequência repousa nos ombros dos jovens Na’Vis, filhos do casal Sully, Lo’Ak (Britain Dalton, de Goliath), Kiri, Neteyam (Jamie Flatters, de A Escola do Bem e do Mal) e Tuk (Trinity Jo-Li Bliss, de The Garcias). Toda a dinâmica do título passa pelas ações do elenco jovem e de suas interações com o mundo ao redor. Parece quase natural que os filhos de Jake e Ney’Tiri se tornem os protagonistas das sequências em um futuro não tão distante.
Assim como seu antecessor, ‘Avatar: O Caminho da Água’ traz primor visual e uma narrativa consciente sobre a mensagem que está sendo passando, andando a passos largos para ser a grande saga de ficção científica do século.