American Gods: Deuses Americanos de Neil Gaiman tem início instigante

Inspirada pelo livro Deuses Americanos de Neil Gaiman, a série American Gods fez sua estreia neste 1º de maio no serviço de streaming Amazon Prime Video, com a liberação de seu primeiro episódio, intitulado The Bone Orchard. Assinada pelos showrunners Bryan Fuller (Hannibal) e Michael Green (Heroes), a atração chega à TV com linguagem lúdica e ação visceral, porém, por trás da história de fantasia, traça um retrato crítico do “modo de vida americano” e prega que a “Terra do Tio Sam” é fundamentada pela pluralidade cultural.

Na trama, o ex-detento Shadow Moon (Ricky Whittle, de The 100) descobre que será liberado dias antes do previsto, com a notificação de que sua esposa, Laura (Emily Browning, de Sucker Punch: Mundo Surreal), falecera em um acidente de automóvel. Livre, o antigo presidiário deseja apenas comparecer ao funeral de sua mulher na cidade de Eagle Point, mas algo parece conspirar contra sua vontade. É então que surge Mr. Wednesday (Ian McShane, que participou de Coraline e o Mundo Secreto, outra adaptação de Gaiman), com uma proposta de trabalho.

Ao ver sua vida ruir, Shadow Moon embarca numa jornada pela nova América com Mr. Wednesday. (Foto: Starz)
Ao ver sua vida ruir, Shadow Moon embarca numa jornada pela nova América com Mr. Wednesday. (Foto: Starz)

Misterioso, o sujeito com nome de “Quarta-Feira” parece determinado a ter Shadow Moon como seu guarda-costas em uma road trip cujos propósitos ainda não foram revelados e, diante das tragédias que lhe rodeiam, o rapaz não vê outra opção a não ser aceitar o emprego. Neste capítulo piloto, a deusa do amor Bilquis (Yetide Badaki, de Masters of Sex), o leprechaun Mad Sweeney (Pablo Schreiber, de Orange is the New Black) e Technical Boy (Bruce Langley) – membro dos “novos deuses” – começam a orbitar no caminho percorrido por Moon e Wednesday.

Primeira série com roteiro de Bryan Fuller desde Hannibal, American Gods carrega elementos de seus trabalhos anteriores (como as cores de Pushing Daisies), demonstra coragem para recriar cenas aparentemente impossíveis e espirra violência como Quentin Tarantino faria. Com boas performances do elenco – composto por veteranos do cinema e televisão –, o programa milita pela miscigenação de culturas, trazendo ritmos variados como Where Did you Sleep Last Night, de Leadbelly, Iko Iko, de The Dixie Cups, e Torture, de Chris Jensen.

A deusa do amor Bilquis é uma das entidades de diversos panteões que chegaram com os imigrantes. (Foto: Starz)
A deusa do amor Bilquis é uma das entidades de diversos panteões que chegaram com os imigrantes. (Foto: Starz)

Instigante, Deuses Americanos inevitavelmente exibe mudanças sobre o título literário, no entanto, mantém a mensagem de que a América foi erguida sobre muito sangue e ossos. Desta forma, após um início promissor, o seriado não precisa fazer o público beber três copos de hidromel para voltar para o próximo episódio.

Nesta primeira temporada, American Gods deve ter 8 capítulos, que serão disponibilizados às segundas-feiras no Amazon Prime Video.

Next Post

“Quero que o Homem-Aranha seja amado como nos gibis”, diz Tom Holland

De volta ao lar e em passagem pelo Brasil, o Homem-Aranha, ou melhor, o ator Tom Holland (O Impossível) concedeu uma entrevista coletiva ontem (02/05), no hotel Grand Hyatt, em São Paulo, junto de Laura Harrier (One Life to Live). No evento em que atendeu a imprensa para divulgar Homem-Aranha: De […]