Um Lugar Silencioso: Dia Um chega aos cinemas trazendo uma nova perspectiva para a saga que se tornou um grande hit em 2018. Com direção e roteiro de Michael Sarnoski, e baseado em personagens criados por Bryan Woods e Scott Beck, o filme sai do campo e volta suas atenções para Nova York, uma metrópole que faz barulho durante noite e dia – um “prato cheio” para os invasores alienígenas.
Nessa experiência mais real de sobrevivência, conhecemos Samira (Lupita Nyong’o), paciente de um centro de tratamento contra câncer. Em uma excursão, ela e o restante do grupo são atacados pelas criaturas misteriosas que são violentamente atraídas pelo som. A cidade está sendo destruída a cada minuto do longa, mas o roteiro se concentra no drama existencialista vivido por Samira.
Menos correria, mais reflexão
Acompanhada de seu gato, Frodo, ela cruza Nova York tentando chegar à sua antiga casa, no bairro do Harlem, onde tem boas memórias da vida com o pai. Para ela, o que importa se o mundo está acabando, se seu tratamento não poderá mais ter continuidade? Com isso, ela se dedica a voltar às raízes e comer uma pizza numa das esquinas da quadra onde cresceu. Essa óptica chama atenção, uma vez que a maioria das obras sobre invasão extraterrestre foca na busca pela sobrevivência humana. Aqui, a protagonista quer o conforto do lar e a segurança do seu pet.
Além disso, entra em cena Eric (Joseph Quinn), um estudante de Direito britânico que, sem ter a quem recorrer, representa a bondade entre estranhos. Sua relação com Samira e Frodo funciona em duas vias, demonstrando um olhar mais humano em meio ao caos.
Veredito
Portanto, não espere por um blockbuster de narrativa alucinante. Com 1h40 de duração, Um Lugar Silencioso: Dia Um traz uma perspectiva sensível e otimista sobre o que realmente importa para as pessoas em um cenário devastador.