No último domingo (20), foi ao ar o segundo e traumático episódio da nova temporada de The Last of Us (TLOU), pela HBO e Max.
Como os gamers já sabiam, por conta o jogo lançado em 2020, o surgimento de Abby (Kaitlyn Dever) significaria uma coisa para Joel (Pedro Pascal): isto é, a morte. Apesar de fato conhecido, a tragédia em live-action chocou quem já esperava pelo final, assim como surpreendeu aqueles que desconheciam tal desfecho. Os motivos para tanto impacto? O tom dramático e as atuações de Pascal e Dever.
Com 56min, o capítulo intitulado “Pelo Vale” apresentou um clima agourento desde seu começo, marcado pela informação de que infectados estavam escondidos na neve perto da cidade de Jackson (EUA). Este era o prenúncio de que as coisas estavam prestes a sair do controle. Mesmo neste cenário adverso, Joel e Dina (Isabela Merced) saíram para uma ronda. Joel andava em um momento complicado em sua relação com Ellie (Bella Ramsey), que se juntou a Jesse (Young Mazino) em patrulha.
Para piorar, Abby se desgarra de seu time, logo quando o grupo começa a desacreditar do plano de vingança. Pare eles, a base estabelecida no Wyoming oferecia poucas brechas para invasão.
De mal a pior
Porém, quando a vilã se depara com infectados e foge, ela encontra Joel e Dina. O veterano, sem saber que Abby é filha daquele médico que ele assassinou com os Vaga-lumes, decide segui-la a uma casa nas montanhas. Até aqui, quem assiste só quer avisar a Joel para fugir. Chegando lá, Abby revela suas intenções e rende Joel e Dina. Ou seja, questão de tempo para que a desgraça aconteça.
Enquanto isso, no núcleo de Jackson, a invasão dos infectados transforma a cidade em um inferno. Times que pareciam treinados entram em pânico, abrindo caminho que o mortos-vivos façam mais vítimas. É bem verdade que o apego aos personagens daqui é menor, mas, como Tommy (Gabriel Luna) não está com Joel, parece que tudo pode acontecer com ele. Especialmente quando um baiacu está determinado destroçá-lo.

Com isso, TLOU nos coloca no terceiro estágio do luto: a barganha. Afinal, se Joel tem que morrer, é preciso que a história poupe alguém. Isso serve para Tommy, para sua esposa e para Dina. Todos em situações horríveis.
Porém, no fim das contas, há apenas uma perda maior. A violência, o taco de golfe e a fúria imparável de Abby acabam com Joel, e faz quem assiste olhar para o lado e abaixar volume, por conta dos gritos causados pela tortura. O fim é sacramentado quando Ellie rastreia a casa acaba obrigada a ver seu “pai adotivo” respirando pela última vez.
“Levanta, Joel” é a súplica da garota, esperando por um milagre. Aqui, Bella Ramsey, que havia sido pouco carismática até então, dá show de interpretação ao demonstrar total terror e arrependimento pelos últimos tempos. Sabemos como isso se desenrola, mas fica a expectativa para vermos como a série vai se sustentar sem Joel/Pedro Pascal.
Contudo, não restam dúvidas de que Kaitlyn Dever entrega uma antagonista de meter medo.