Uma heroína, enfim, chegou às TVs para representar o crescente público feminino. Lançada na grade dos Estados Unidos na última segunda-feira (26/10), Supergirl bateu o recorde de audiência de estreias de adaptações de quadrinhos (nicho que inclui Agents of S.H.I.E.L.D., Gotham e The Walking Dead, por exemplo), com 12,94 milhões de aparelhos ligados no programa, segundo o site TV by the Numbers. De início promissor, a atração se destaca por colocar uma garota no centro da ação, porém, será preciso cuidado para manter-se em alta.
Com Melissa Benoist (Glee e Whiplash: Em Busca da Perfeição) no papel principal, o seriado apresenta Kara Zor-El, kryptoniana enviada para proteger seu primo, o menino Kal-El. Entretanto, sua nave é atrasada pela explosão do planeta Krypton e, por conta de uma anomalia temporal, a menina desembarca na Terra com o Superman já formado. Sem ter mais uma missão a cumprir, Kara é adotada por Jeremiah (Dean Cain, de Lois & Clark – As Novas Aventuras do Superman) e Eliza Danvers (Helen Slater, do filme Supergirl, de 1984).
Então, o show idealizado por Ali Adler (Chuck), Greg Berlanti (Arrow) e Andrew Kreisberg (The Flash) mostra a personagem numa rotina comum, escondendo seu potencial. Desta forma, Kara constrói sua vida em National City, onde encara problemas corriqueiros de qualquer mulher, como baixa autoestima e dificuldades para escolher roupas. Além disso, a protagonista trabalha no grupo Catco Worldwide Media, sob os desaforos da detestável chefe Cat Grant (Calista Flockhart, Ally McBeal: Minha Vida de Solteira).
Após se revelar para o mundo ao evitar a queda de um avião, Kara segue como Supergirl. Assim, enfrentando suas primeiras missões e decepções, a jovem descobre que Alex Danvers (Chyler Leigh, de Grey’s Anatomy), sua meia-irmã, atua no Departamento de Ações Extranormais e que o Forte Rozz, a prisão de Krypton, também chegou à Terra. Este recurso possibilita a participação de vários vilões no decorrer dos episódios e garante o prolongamento da trama.
No entanto, igual a outras produções baseadas nas histórias em quadrinhos da DC Comics, o programa pode sofrer com algumas limitações para o uso de certos personagens, para não ofuscar os planos que a empresa tem para os cinemas (Arrow foi impedida de introduzir a Arlequina, por exemplo). Por outro lado, a realização de crossovers com o Arqueiro Verde e The Flash são opções, embora o canal CBS não tenha demonstrado intenções de fazê-los a princípio.
Ao carregar mensagens feministas, a série precisa se desviar da sombra do Superman (apesar do parentesco de ambos) para que a Garota de Aço voe independente.
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