Não há dúvidas. A transmissão do 12º episódio de Solo Leveling, pela Crunchyroll, o confirmou como o anime da temporada. Isso por que a série baseada na história de Chugong chegou ao final de sua primeira temporada – já com o anúncio de que a segunda está a caminho! Como na história do web novel romance coreano de que originou, o título chama atenção por acompanhar a ascensão de um caçador tido como o mais fraco de seu mundo. E o faz nos moldes de um videogame.
Brutalidade que choca
Antes de mais nada, Solo Leveling não é feito para crianças. Sung Jinwoo, o protagonista, é classificado como o caçador de nível mais baixo em um mundo em que portais cortam a realidade e, para evitar que monstros escapem, times de guerreiros adentram essas masmorras para “limpá-las”. Porém, devido aos seus limites, Jinwoo é tratado como escória. Ele não desiste e trabalha, porque precisa pagar as contas e espera que um dia possa bancar a cura de sua mãe, inconsciente num leito de hospital.
Em uma dessas “raids“, o grupo de que o protagonista faz parte se depara com uma armadilha nunca antes vista. Poucos sobrevivem e Jinwoo se sacrifica, mas depois de mortalmente ferido por monstros misteriosos. Até aqui, já vimos torturas e desmembramentos, com sangue jorrando a rodo em tela. É então que o rapaz recebe a chance de sua vida.
Poder ao mais fraco
Em Solo Leveling, por mais gamificada que seja a dinâmica da narrativa, subir de nível não é opção. Assim, o despertar de cada caçador é classificado do nível S ao E. Há também categorias, como assassinos, tanques, magos, curandeiros e lutadores, como num RPG. O que acontece a Jinwoo é um raro segundo despertar, o que possibilita sua subida de nível e troca de categoria.
Ou seja, as coisas ficam mais interessantes. Afinal, o personagem agora enxerga seu mundo como um jogador, com uma interface que lhe mostra missões diárias, bônus, penalidades e inventário. A partir daí, o que Solo Leveling tem de mais empolgante é Jinwoo testando suas novas skills e o quanto isso altera sua postura diante de monstros e outros caçadores. De cara, a mudança pela qual o rapaz passa encoraja inclusive quem assiste a procurar sua melhor versão.
Mas, por outro lado, fica a reflexão: qual o limite para o reprimido não se tornar o opressor? Talvez a raiva, impotência e frustração possam obscurecer a visão de Jinwoo, agora que é ele quem dá as cartas. Esse é o melhor dilema do anime.
