Como se cria um herói? Pensando em bondade? Justiça? Na supremacia do mais forte? Talvez isso sirva para boa parte dos personagens encontrados nas histórias em quadrinhos ao longo das décadas. Porém, nada disso vale quando o assunto é a maior super-heroína de todos os tempos. Explorando toda a polêmica por trás dos bastidores das origens da Mulher-Maravilha, o filme Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas (Professor Marston and the Wonder Women, EUA, 2017) já está em cartaz nas salas de cinema brasileiras, com distribuição da Sony Pictures.
Com 1h48 de duração, o longa assinado pela diretora Angela Robinson (The L World) acompanha a vida pessoal e carreira do professor e psicólogo William Moulton Marston (Luke Evans, de A Bela e a Fera), o lendário idealizador do ícone Wonder Woman e também do detector de mentiras. Em sua jornada nada convencional, o acadêmico chocou a sociedade entre 1920 e 1940 vivendo maritalmente duas mulheres, sua esposa, Elizabeth Marston (Rebecca Hall, de Homem de Ferro 3), e sua ex-aluna, Olivia Byrne (Bella Heathcote, de Orgulho e Preconceito e Zumbis).
Embora cometa certas imprecisões históricas, a cinebiografia do visionário conhecido dos gibis como Charles Moulton (pseudônimo com o qual assinou suas obras) se concentra em como o autor chegou à produção da Mulher-Maravilha, militando pelo feminismo em sua própria casa e, com isso, tendo enfrentado os costumes conservadores de uma comunidade retrógrada. Na competente direção de Robinson e consistentes atuações de Evans, Hall e Heathcote, a obra mostra como a experiência de um trio foi capaz de moldar toda a cultura pop e gerações que vieram depois deles.
Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas está em cartaz desde 14 de dezembro.